Tem gente que não sabe ser amada!

Cuidado! Tem gente que simplesmente não sabe ser amada!
por Rosana Braga

Sei que é bem estranho pensar em alguém que não sabe ser amado. Mas infelizmente tem muita gente que não aprendeu. Tem gente que até aprendeu, mas de tanto ser amado de um jeito torto, pequeno, esqueceu ou nem sabe como é o amor de gente grande.

Algumas dessas pessoas podem ter vivido situações tão doloridas ou tão confusas que não souberam como lidar com tudo isso e simplesmente se fecharam. E agora, não conseguem se deixar amar. Incomodam-se com o afeto, o tratar bem.

Sim, porque estou falando de amor saudável. Amor que faz crescer a si mesmo e ao outro. Que constrói, que ensina e aprende. Amor cuidado e caro. Que tem desafios e desavenças, mas que são resolvidas de forma digna e respeitosa. Amor em que as diferenças servem para amadurecer o casal e a relação.

Se não for assim, então estamos falando desse pseudo amor que desmonta, despedaça e adoece. Desse tipo de amor que faz a gente se deparar com relações que, na prática, canibalizam. Um vai arrancando pedaços do outro aos poucos. E vão se digladiando e se engolindo sem sequer atentar para o horror que se causam mutuamente. Quando vêem, estão aos tocos, dilacerados e sem saber pra que estão nesta dinâmica nefasta.

Uma ofensa aqui, uma acusação ali. Quase nunca ou nunca mesmo um elogio. Reconhecimento? Pra que? Hoje, uma depreciação com palavras rudes, pesadas. Amanhã, um tapa, um empurrão. Depois, lágrimas secam e sobra só a casca. Vazios que se fizeram. Ocos que se deixaram.

E desaprendem, definitivamente, o amor de verdade. Resta esse amor estranho, adoecido, que se irrita quando encontra quem quer amá-los como gente grande. Que gargalha diante do exercício de amor dos outros. Que desacredita e tenta esfriar qualquer paixão ao seu redor.

Existem ainda os que continuam tentando, apostando, jurando que acreditam no amor. Mas repetem várias e várias vezes a tal dinâmica maluca do amor canibal. Ora machucam, ora são machucados. Ora mordem, ora são mordidos. E persistentes que são, vão definhando de relação em relação. Ou ainda, na mesma relação “até que a morte (programada?) os separem”.

Se você está numa relação assim, acorde enquanto há tempo! Você faz de tudo pelo outro, mas ele continua morno, sem saber como retribuir, dizendo que você é a pessoa perfeita na hora errada? Pois saiba que é isso mesmo! Caia fora dessa hora errada, dessa chance falida, desse encontro que poderá vir a ser, mas não agora!

Se o outro não sabe ser amado como gente grande, terá de aprender antes. E pra isso, precisa querer! Precisa se dar conta de que tem algo errado, de que amor torto não alimenta, não faz crescer. Não funciona! E se ele insiste em não corresponder o amor que você oferece, então lembre-se de oferecer esse amor a si mesmo e pare de se torturar.

Não deixe sua autoestima nas mãos de quem não sabe o que isso significa. Aliás, autoestima é algo que só pode ser cuidada por você mesmo. E tem a ver com noção de merecimento. Tem a ver com aprender a reconhecer quem você é e que tipo de amor está pronto pra viver! Tem a ver com se tornar gente grande. Porque é essa a função do amor!

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Como conquistar o amor da sua vida! 5 dicas para você começar!

5 dicas para conquistar um amor…

Por Rosana Braga

Estudo sobre relacionamentos há pelo menos 15 anos. Fiz faculdade de psicologia, pós em educação sexual, pesquisas e entrevistas. Li muito e escrevi mais de 450 artigos sobre o assunto. Respondi centenas e centenas de mensagens de leitores e fãs e atendi individualmente dezenas de pessoas em busca de dicas e realizações nessa área da vida!

Também publiquei 8 livros e fui chamada por revistas, canais de tevê, jornais e sites para falar desse tema tão complexo, instigante e apaixonante! Mas, curiosamente, foi no intervalo de tudo isso que encontrei a resposta! Tive a impressão de que foi quase sem perceber que dei de cara com o amor da minha vida! Entretanto, refletindo mais tarde sobre como tinha conseguido, cheguei a vááááárias conclusões muito interessantes.

Não foi uma única atitude que tive que me levou a descobrir o maior de todos os segredos para conquistar o amor da minha vida! Foram muitas, que poderiam ser resumidas em: eu entrei em ação e me redesenhei. E me tornei a mulher da vida dele. E o mais curioso é que ele nem sabia da minha existência. E nem eu da dele! Mas foi assim que foi! E é assim que é, na maioria das vezes!

Imagino que se algo até aqui te chamou a atenção, tenha sido o tal segredo que eu descobri, não foi? Entrar em ação e me redesenhar é um tanto vago, eu sei. Se eu fosse você, estaria desejando saber “como”. Como entrar em ação? O que fazer? Como se redesenhar? Como se tornar a mulher dos sonhos do homem da sua vida? Enfim, como se tornar o amor do amor da sua vida?

Muito bem! Ótimas perguntas! Afinal, só encontra as respostas quem se dispõe a buscá-las de modo realmente interessado! Num artigo, não consigo te contar tudo, mas posso te dar ótimas dicas de como começar:

– tenha claro que tipo de “amor” você é! Se você imaginar um parceiro te descrevendo, o que ele vai falar sobre você? Como você é enquanto companheira, namorada ou esposa? Com quais adjetivos ele te descreveria? Quais características ele citaria sobre você?

– o que você deseja muito mudar em si mesma? O que você faz ou deixa de fazer que minam completamente sua autoestima? O que mudaria em você mesma hoje, agora mesmo, se soubesse como?

– o que faz você se amar muito? Quando você pensa no que faz você conquistar alguém, quais são essas características? O que você considera atraente, sedutor e muito interessante em si mesma?

– tenha claro com que tipo de “amor” você quer se relacionar! Se você fosse descrever o homem da sua vida, como ele seria? Quais adjetivos você usaria? Quais características ele teria?

– tenha claro com quem tipo de “amor” você tem se relacionado! Qual tipo de homem tem te conquistado? Para quem você tem dito “sim”, estando satisfeita ou não? Com quem você, de fato, tem se envolvido?

Faça esse rápido exercício e observe como se sente. Ficou surpresa ou já sabia de tudo o que imaginou agora? Ficou satisfeita com quem você tem sido e com quem tem se relacionado? Algo precisa ser ajustado ou já está tudo certo? Essas reflexões podem fazer uma enorme diferença no seu processo de entrar em ação e se redesenhar!

Se você acredita que essas dicas revelaram algo importante na sua busca por um grande amor, deixe seu comentário. E parabéns por investir em sua felicidade e em seu autoconhecimento. Não há amor que valha mais a pena do que aquele que você nutre por si mesmo!

Autorização para ser inteira!

Queremos tudo. E queremos tudo perfeito. Mas isso não basta. Além de tudo perfeito, queremos para ontem. E sabe o que conseguimos? Frustração, ansiedade e sofrimento. Veja bem! Realmente não acho que devemos nos conformar com uma vidinha mais ou menos, com a mediocridade ou com realizações, desejos e sensações sempre mornas. Não é isso!

Mas às vezes ainda me surpreendo com essa mania – desgastante e ineficiente, diga-se de passagem – que a maioria das pessoas tem de acreditar que os extremos são mais interessantes. Ou temos de estar absurdamente felizes e completos e radiantes. Ou nos afundamos numa tristeza profunda, sem conseguir enxergar luz ao final do túnel.

O problema é essa ilusão de que só o sol e o calor são bonitos e gostosos. Como se só os sorrisos e as vitórias fossem bons. Não tem essa de bom ou ruim. O que tem é a vida. E a vida inclui sorrisos e vitórias, mas também dias frios, chuvosos, nublados… tristezas, enganos, dúvidas. A vida inclui, inclusive (perdoem-me a tautologia), a morte. Como toda boa história, tem começo, meio e fim. Morte não é o oposto de vida. É vida também.

Mas como não aceitamos, como brigamos e resistimos e nos revoltamos com o que julgamos não bonito ou não bom, sofremos. Perdemos a chance única de encontrar a poesia e a arte contidas no entremeio. Nem preto, nem branco. Todas as cores. Todos os tons. Todas as intensidades. Todos os sentimentos.

Sabe qual é o cúmulo da maluquice humana? É se sentir culpado por estar triste. É achar que chorar é coisa de gente fraca. É fingir que está tudo bem quando se está desabando por dentro. É usar máscaras e mais máscaras para negar a si mesmo. Para não se permitir.

Também não estou aqui para fazer um tributo à depressão. A questão é essa falta de autorização para ser inteiro. É essa estranha posição que ocupamos de quem PRE-CI-SA ser feliz a qualquer custo, nem que seja de mentira. Nem que seja só para se encaixar. E sem se dar conta de que esse “ser feliz”, assim tão contundente, tão perfeito, tão pra ontem, não existe, não se cabe, não se nutre.

Meu exercício, hoje, é para ser. Ser o frio, o calor, o nublado, o desfolhado, o sol, o vento e a chuva. Claro, escuro e crepúsculo. Dor e alegria. Quero me autorizar à inteireza. Ora resplandecente, ora murcha. Ora gargalhada, ora lágrima. Ora silêncio, ora voz. Ora um “plim” – que ótima ideia! Ora “ahhhh” – que “m” que eu fiz! Ser tudo, mas longe de perfeita. E somente por agora.

E assim, atenta ao que mais posso ser, sem julgar nem desmerecer, quero aprender que o perfeito é um modelo. Não existe. Não é ninguém. Sem rosto e sem alma. Sem coração e sem nome. Sem sobrenome. Sem a mágica e imperdível chance de viver. E de morrer. Para que a história da humanidade possa continuar a ser escrita. Cada dia mais belamente.

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O outro tem o direito de não gostar de você!

Frequentemente vejo pessoas se autodestruindo ou tentando destruir o outro porque não se conformam com o fato de não serem correspondidas. Afirmam insistentemente que amam e, em nome deste sentimento, julgam-se dona de toda e qualquer razão, como se qualquer atitude pudesse ser justificada por este sentimento.

Claro que desejamos ser correspondidos quando gostamos de uma pessoa. Óbvio que queremos nos relacionar com ela e creio que seja muito saudável fazermos o melhor que conseguirmos para tentar conquistá-la; mas precisamos considerar que nenhuma investida é garantida.

Faça o que fizer, haja o que houver e ainda assim o outro terá o direito de não querer, não gostar, não conseguir corresponder e oferecer os mesmos sentimentos. Acontece que algumas pessoas simplesmente não compreendem isso. São imaturas; comportam-se feito crianças que esperneiam e fazem birra a fim de conseguir o que querem.

Algumas optam pela autodesvalorização. Diante da recusa do outro, entregam-se às lamentações e não se cansam de repetir que são feias, desinteressantes e não têm sorte na vida. Pisoteiam sua própria auto-estima até realmente ficarem muito menos atraentes do que poderiam ser.

Existem as que mergulham tão profundamente nessas crenças que desenvolvem sentimentos próprios de depressão, instabilidade de humor, desânimo diante de tudo e de todos e, em alguns casos extremos, chegam até a desistir de viver.

Outras preferem atacar quem as rejeitou. Ainda que esta opção também signifique autodestruição, tais pessoas se empenham em bagunçar a vida do outro. Fazem escândalo na família dele, em frente a casa, tentam difamá-lo entre os amigos e, seja através de diretas ou de indiretas, não medem esforço para causar-lhe transtornos de todas as ordens.

Se você se derruba ou tenta derrubar o outro quando não consegue despertar nele o mesmo sentimento que o dedica, está na hora de crescer e amadurecer; de entender de uma vez por todas que as pessoas têm o direito de não gostar de você, assim como você também tem o direito de não gostar de alguém que se declara e revela o desejo de estar ao seu lado!

Sei que é triste, que a gente fica mal, chora e se angustia com uma recusa. Até aí, muito compreensível: todos nós desejamos ser amados por quem amamos. Mas depois de algum tempo (sejam dias ou alguns meses), isso tem de passar.

Aceitar o não é ser justo e democrático; é ser adulto o bastante para acatar os sentimentos do outro sem acreditar que ele tem o poder de lhe destruir caso não queira ficar com você. Não tem! E se você se vê destruído, saiba que a responsabilidade é sua e não do outro. Quem se destruiu foi você!

E enquanto digere a tristeza de não ser correspondido, comporte-se com dignidade. Não alimente pensamentos insensatos e unilaterais. Tente perceber como você pode se tornar melhor depois deste episódio. Sempre temos algo a aprender e as dores do amor servem perfeitamente para isso.

Por fim, não se esqueça: a gente só pode seduzir de verdade o coração de alguém quando usa, para tanto, atitudes de amor. Infantilidade, exageros, ofensas e acusações podem até fazer parte da reestruturação de uma relação, mas não podem persistir até que a única coisa que você mereça seja piedade. Porque, certamente, você merece bem mais do que isso!

Você se dá demais nos seus relacionamentos?

Quando começa um relacionamento, você faz tudo o que pode e até o que não pode pelo outro? É aquele tipo de pessoa que se dedica sem medidas, que está disposta a responder sempre ‘sim’ à solicitação que seu par ainda nem fez?

O tempo vai passando e você se pergunta se tem feito o suficiente? À menor demonstração de dúvida do outro você se questiona sobre o que pode ter feito de errado e se está realmente fazendo o seu melhor? Tem a impressão de que será amada quanto mais bacana e ‘fora do comum’ você for?

E conforme o tempo passa mais e mais, sente que o outro ainda não está te amando quanto e como você gostaria? Você até fica triste, até cogita a possibilidade dele não estar sendo justo ou não estar reconhecendo tudo o que você faz, mas não desiste e não mede esforços para fazê-lo feliz?

Se você se casou com esse sujeito a quem tanto ama, tem a sensação de que vive seus dias em função desta relação? Já se pegou intuindo que faz, faz, faz, mas que nunca parece o bastante? Já se pegou pensando que gostaria de ser mais valorizada, reconhecida, elogiada e amada por tudo o que tem feito desde sempre? Suas amigas te chamam de boba, dizem que você se dá demais e que precisa mudar?

Fazer mais e mais é como passar o dia cozinhando deliciosas receitas, uma atrás da outra, e oferecendo todas elas, prato após prato, para uma pessoa que pode até já ter dito estar com fome, mas que você, de tão insegura e equivocada, saciou essa fome logo na entrada. Não esperou o momento do prato principal. Não reconheceu o momento da sobremesa. Deu tudo. Deu muito mais que o necessário. Não houve tempo para a fome querer mais. E se tem um ditado que pode revelar o que tem acontecido com nos seus relacionamentos, é: “Quando a barriga está cheia, toda goiaba tem bicho”!

Você tem mesmo se esforçado para ser a melhor goiaba. Mas o outro está com a barriga cheia e só consegue supor que você tem bicho! Não te quer. Não te aguenta mais. Não tem vontade de você! Porque você não dá tempo de a fome chegar. Porque você, principalmente e acima de tudo, nem reconhece a doce e gostosa goiaba que você é! E termina acreditando que tem bicho mesmo… e quase implorando para que ele te queira!

Sabe o que é que te falta? Sabe por que o outro parece não fazer a menor questão de te convencer a ficar? Quer mesmo descobrir? E mais do que descobrir, está realmente disposta a mudar o enredo cansativo e frustrante desta história? Então, minha cara, pare com isso! O outro só vê o que você mostra! Mas não o que você se esforça pra mostrar. Porque quem insiste é porque não tem certeza! Quem implora é porque duvida do quanto vale! Quem se dá demais é porque não sabe o que merece! E é justamente esse que tem sido o seu erro!

Pare de olhar para o lado errado! Pare de se dedicar a quem não pode te dar o que você tanto quer! Pare de se comportar feito tola – acreditando que será amada se fizer mais e mais e mais. Não será! O problema é que você não se sabe! Não se vê! Das poucas vezes que se olha, usa os olhos de quem já está farto. Olha de fora. Olha sem entrar e sem acender a luz!

Comece a reconhecer a sua própria fome. Mas não para se entupir de si mesma, sem medida, sem consciência. Porque isso também só servirá para se cansar e se frustrar. Ouça-se, conheça-se e descubra o que é você quer, agora, neste momento. Assim, de luzes acesas e com brilho próprio, vá em busca de se fazer feliz. E esteja certa de que não só será, mas parecerá e será tratada como uma goiaba suculenta e apetitosa!

Vende-se “grande amor”. Peça já o seu!

Alguns procurariam nos supermercados, como item de necessidade básica. Outros procurariam em perfumarias, como item para ocasiões especiais. Há ainda os que buscariam em lojas de roupas, como item para melhorar a aparência. Enquanto outros arriscariam as farmácias, tentando encontrar, enfim, o remédio para suas dores ou a cura para suas doenças.

Parece piada, mas infelizmente é verdade que muitas pessoas ainda acreditam que é possível encontrar um “grande amor” prontinho para ser consumido. E se iludem com essa possibilidade, desperdiçando a chance incrível de encontrar suas próprias ferramentas.

Não se empenham em inverter o olhar. Insistem em continuar olhando para fora. Onde não há respostas. Pelo menos não as certas. Não as delas. E para completar o quadro de fracasso e frustração, insistem também em se lamentar da falta de sorte ou de um mundo que não se alinha aos seus valores – mais nobres, elas querem dizer.

Que pena! Perdem a incrível chance de arrancar, de uma vez por todas, essa máscara de vítima ou de quem não se importa. Desperdiçam a fantástica oportunidade de abrir suas portas e janelas, abrir sua mente e seu coração, e simplesmente deixar a luz entrar. Acender-se. Enfim, enxergar-se!

E feito repetições de regras, comportamentos e desejos que não são seus, elas continuam procurando amores prontos. Chegam a apostar que vão encontrar algum sob medida. Feito especialmente para elas. Como se ao menos soubessem quais são as suas próprias medidas.

Não sabem! Não se sabem sob os ângulos mais importantes. Porque se ver dá trabalho. Pede ajustes. Requer um olhar acolhedor e justo. É preciso ter amor. Por si, pelo outro e pela vida. Sim, dá mesmo trabalho. Não é fácil. Mas é simples, como sempre digo. Quanto mais simplificamos, mais fácil se torna.

O problema é que a maioria prefere o complicado. O difícil mesmo. Alguns até se encantam pelo impossível. Sabe qual o nome para esta dinâmica? Sabotagem! E contra si mesmo! Ama quem está longe! Ama quem está comprometido! Ama quem não quer saber de amor! Ama a história que não vai rolar! E assim o ciclo se repete!

Mas o pior é que tais pessoas continuam procurando fora, como se existissem mesmo prateleiras expondo amores à venda. E o que eu mais queria era ser capaz de fazê-las entender que o caminho é o de dentro. E que um grande amor não é resultado de uma busca insana e desconecta. É consequência de um encontro leve e absolutamente essencial, mas que acontece primeiro consigo mesmo e com sua noção de merecimento!

Seu coração é burro? Dica para um melhor relacionamento amoroso

Já me cansei de ouvir essa reclamação, quase como um pedido de socorro que algumas pessoas insistem em fazer, culpando seu coração por ter tomado alguma atitude equivocada ou por ter sido impulsivo. Há ainda quem o acuse de ser muito emotivo. Ou melhor, de demonstrar demais o que sente. Nunca concordei com esta acusação e continuo sendo defensora absoluta deste que representa nossa dinâmica emocional e sentimental – o coração!

Minha defesa contra tais acusações injustas está baseada no fato de que a maioria das pessoas confunde esse danadinho (que realmente pode perder o rebolado e parecer que vai saltar pela boca quando se apaixona) com um pacote amarrotado e cheio de crenças equivocadas, medos, traumas e desconfianças.

O coração não é esse pacote! Esse pacote, frequentemente distorcido com pensamentos confusos, ideias parciais e preconceitos de todas as ordens é a nossa mente! A mente, mente! De contar mentiras mesmo. E, assim, mentirosa, ela nos engana. E nos faz acreditar que toda angústia que sentimos e todos os equívocos que cometemos é culpa do coração. Não é!

Veja bem! O coração é sábio. É sensível, perspicaz e intuitivo. Ele sempre acredita no amor, e sabe diferenciar uma cilada de uma oportunidade de ser feliz. O coração é silencioso. Barulhenta é a mente. O coração é tranquilo e pacífico. Agitada é a mente. O coração é centrado e sabe o que quer, como quer. Confusa, volúvel e “maria-vai-com-as-outras” é a mente.

Não vou dizer que o coração pensa antes de agir, porque ele não pensa. O coração sente. E quando sente, sabe! Quem pensa, pensa, pensa e ainda assim faz burrice é a mente. Pergunta pra todo mundo e não sabe a quem ouvir. A mente quer respostas. Quer certezas e explicações. Quer acabar com a dor de qualquer jeito. A mente dói e se perde. O coração dói e aprende. Fica mais forte e ainda mais sábio.

Então, se você quer parar de ser enganado por sua mente e começar a seguir seu sábio coração, anote essas dicas! Quando estiver sofrendo por amor, quando estiver se sentindo abandonado, trocado, preterido ou traído, quando não souber o que fazer, quando estiver perdido, com medo de demonstrar o que sente e não ser correspondido… apenas pare, respire fundo, relaxe os músculos e vá aquietando-se…

Parece simples, mas não é! Pode-se levar uma vida inteira para conseguir apenas parar, respirar, relaxar e aquietar-se. Pode-se levar uma vida toda para conseguir “calar as vozes-confusas-e-tolas” da sua mente e “conectar-se com o silêncio-que-tudo-diz” do seu coração. Mas quanto antes você começar a treinar, mais rapidamente vai conseguir. E menos vai sofrer!

Lembre-se! Agitação, confusão, angústia, mentiras e enganos têm a ver com a mente. Tire o foco dela. Pare de prestar atenção nas vozes que gritam dentro dela. Apenas respire. Aquiete-se. E quando sentir que, enfim, está conectado com a sua essência, então apenas pergunte-se: “o que eu quero?”, “o que eu realmente quero fazer diante desta situação… falar?… demonstrar?… esclarecer?… ou esperar… até que não restem mais perguntas… até que o silêncio seja a certeza de que agora é a hora certa…?”.

O amor não é uma guerra complicada entre duas mentes que não se ouvem e não se enxergam. É uma sintonia mágica entre dois corações que se sentem e se sabem. Simples assim!

Quais mentiras você se conta pra não ser feliz?

Talvez você realmente acredite que não se conta mentiras. Que tudo o que sua mente te diz é verdade! E se você pensa assim, talvez esteja aí a sua maior armadilha. Talvez este seja o maior de todos os buracos, no qual você cai toda vez que decide seguir em frente e, finalmente, ser feliz, especialmente quando essa felicidade tem a ver com relacionamentos amorosos.

Estou falando daquela voz que não se cala. Que fala o dia todo em sua mente. Se você acabou de se perguntar algo como “que voz? Do que é que ela está falando?”, então acabou de descobrir que voz é essa. Ela fala enquanto você caminha, enquanto toma banho, enquanto dirige, come e até enquanto faz amor, se você deixar. Ela fala desembestadamente, sem parar, enquanto você não se dá conta de que ela está falando.

Um dos momentos em que ela fala mais alto, para muitas pessoas, é quando elas se deitam para dormir. Daí a voz toma conta. Chega a gritar. E o sono passa longe. A pessoa vira de um lado para o outro e a voz não para! Ela fala de medos, inseguranças, arrependimentos, dúvidas, tristezas e dores. E de um modo bastante exagerado e distorcido!

Porém, no momento em que você – sua essência, sua consciência – finalmente bota o foco nela, quando você finalmente toma as rédeas da situação e diz algo como “opa! Alto lá! Quem é você para me perturbar desta forma?”, ela se intimida e vai se calando. E, então, é quando você pode comandar a sua própria voz. É quando você manda nela e não ela que manda em você. Mas o problema é que a maioria das pessoas passa grande parte da vida – senão toda – sem se dar conta disso. Sem perceber que é manipulado por esta voz. E por isso vive relações cheias de meias-verdades. Iludido. Desperdiçando muitas oportunidades de ser feliz!

Quer se livrar dessa armadilha? Então comece você a decidir o que a sua mente te fala. Comece a disciplinar seus pensamentos. Não há melhor maneira de fazer isso do que se alimentando com ideias altruístas sobre a vida e sobre os relacionamentos. Pare de ouvir músicas que falem de abandono, traição e tristeza. Pare de assistir a programas que mostram intrigas, falsidade e decepções. Pare de consumir tudo o que você não quer viver e comece a focar no que você mais deseja viver.

Livros que ensinam. Filmes que motivam. Músicas que inspiram. Há muita voz de verdades ao seu redor. Basta ter ouvidos para ouvi-las. Mas talvez você precise, antes, rever suas sintonias. Com quais pessoas, lugares e coisas você está sintonizado? São esses os canais que dão conteúdo para a voz que fala dentro da sua cabeça.

Ela fala que homem não presta? Que mulher é interesseira? Que não é possível viver um amor de evolução, paz e felicidade? Ela diz pra você duvidar? Diz pra você que a vida é assim mesmo e que quanto mais você faz pelo outro, menos valor você tem, mas que não tem outro jeito? A voz te angustia e te cansa? Então, é hora de ordenar que ela se cale. E que sua consciência e sua integridade ganhem vez e voz!

Amor de verdade existe, sim! É possível. Mas você tem de acreditar que merece! E entrar em sintonia com pessoas e lugares e situações coerentes. Precisa parar de acreditar em mentiras que te fazem viver uma vidinha bem mais ou menos. E passar a viver a melhor vida que for capaz de imaginar e desejar. É sobre isso que sua voz precisa começar a te contar!

Ele diz que te adora, mas não te namora…

Já perdi a conta de quantas mensagens recebi e continuo recebendo, especialmente de mulheres, repetindo a mesma queixa. Cada uma a seu modo, com suas interpretações particulares e conclusões singulares, mas com uma só dificuldade: traduzir o que o outro quer dizer…

Isto é, saem com uma digníssima pessoa, envolvem-se com ela e constroem expectativas e mais expectativas. Até aí, julgo absolutamente compreensível. E digo mais: até muito lógico, exceto os casos em que é notória a insistência em depositar suas carências na possibilidade de se acomodar num relacionamento que não acontece nunca… felizmente!

Pois bem… ao que tudo indica, pelo “andar da carruagem”, o outro também está a fim. Diz lindas palavras, trata o sexo oposto com beijos e seduções e transforma os encontros – geralmente poucos – em difíceis de esquecer… Seus galanteios são realmente enredantes. Porém, de repente, não mais que de repente, ele assume: “eu adoro você, mas não quero namorar”. Ela titubeia, sente um frio na barriga, mas não consegue acreditar. “Afinal” – ela pensa – “ele é tão carinhoso, tão intenso, tão envolvente… Não é possível que não goste de mim a ponto de desejar ficar comigo… não faz sentido”.

E mais alguns meses se passam. Novos encontros, novos elogios, novas técnicas de sedução… Tudo tão intenso quanto fugaz, tão previsível quanto estranhamente surpreendente, tão vazio quanto uma fantasia de criança, mas paradoxalmente preenchedor… E está armada a neurose: o que fazer? No que acreditar? Como agir?
Continuar? Parar?

Ok! Vamos aos fatos e às reflexões… O que você realmente deseja? Ser assumida ou ser gostada exatamente do jeito que o outro está dizendo que gosta? Entender o que o outro está dizendo ou viver o que está acontecendo?

Sei, não é fácil responder essas perguntas, especialmente porque, no final das contas, tudo está ligado e faz parte de uma mesma circunstância. Mas é importante desfazer os nós quando se quer descobrir qual é o tamanho da linha…

Creio, portanto, que o mais importante seja traduzir a tal declaração que parece tão incompreensível para algumas pessoas. O que o outro quer dizer quando repete “adoro você, mas não quero te namorar“??? Exatamente isso! Nada mais, nada menos. Ou seja, “você é uma pessoa interessante, que me atrai, de quem gosto de estar perto e ponto. Nada mais do que isso. Uma espécie de amizade colorida, como diziam antigamente.

Sei, sei… você vai argumentar: “mas eu já disse para ele não me ligar mais, não me procurar porque assim eu não quero, mas ele liga e eu não resisto; saio de novo”… E eu lanço um desafio: se ele diz que te adora e que quer sair com você, é justamente isso o que está fazendo – tentando satisfazer o desejo dele. Mas se você diz que assim não quer e, no entanto, sai toda vez que ele liga… quem é que está sendo incoerente, você ou ele?

O meu intuito com este artigo é tentar simplificar o que mais parece um emaranhado de expectativas frustradas do que uma possibilidade de se sentir bem. Ou você aceita o que o outro tem a oferecer, ou pega o seu banquinho e sai de mansinho. Pare de tentar, o tempo todo, fazer com que o outro aja conforme os seus desejos. Comece você a agir conforme os seus desejos e assuma-os, de uma vez por todas.

Se quer, assuma que quer. Se não quer, assuma que não quer. E pague o preço… porque todas as nossas escolhas têm um preço, sempre. Agora, ficar culpando o outro pela sua frustração não vai resolver nada e você vai perder seu precioso tempo sem usufruir o que quer ou sem abrir espaço para alguém que tenha desejos semelhantes aos seus…

Enfim… falando curto e grosso, seríamos bem mais felizes se começássemos a assumir aquilo que realmente desejamos e, especialmente, o que deseja nosso coração…