Um instante de amor, por favor! - Rosana Braga
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Um instante de amor, por favor!

Um instante de amor, por favor!

Que dia é hoje? Data especial? Comemoração de algo? Se não for, perfeito. Porque é desse tipo de dia que estou falando. Porque são neles que, em geral, julgamos desnecessárias as demonstrações de amor recheadas de intenção e presença.

São nos dias comuns, onde a rotina se impões e nos cobra tarefas, resultados e solução de problemas, que nos esquecemos de oferecer um instante de amor a quem, paradoxalmente, mais amamos.

E embora seja realmente importante comemorar as datas especiais com requintes e rituais específicos, é tão ou mais importante nutrir o amor no ritmo morno dos dias que voam sem motivos aparentes para serem celebrados.

Porque, sem que nos demos conta, essa falta de presença inteira e genuína vai apagando lenta e letalmente o brilho de uma relação que, apesar de talvez não parecer, tem fome de atenção todos os dias.

Não basta dormirem juntos. Muitas vezes, não basta nem que façam amor. A transa tende a se tornar automática, fugaz, distante. Não basta sentarem-se à mesa ao mesmo tempo, porque em tantas casas é o celular quem fica com a presença a maior parte do tempo.

Atenção é olhar nos olhos, sorrir e se interessar de verdade. É parar tudo, desligar os dispositivos, e simplesmente ficar, de mãos dadas talvez, fazendo perguntas um sobre o outro e ouvindo com todo o seu corpo.

Pode parecer muito poético para alguns, muito patético para outros. Mas o fato é que relação é como ser vivo: se a gente não cuida diariamente, murcha. E, daí, não tem férias que salve. Não tem joia que resgate. Não tem arrependimento que dê conta de reconstruir o que foi perdido pela insistente negligência.

Então, hoje é dia de nada? Ótimo, porque é a ocasião perfeita para um agradecimento despretensioso, uma flor, um bilhete, um convite para jantar fora, um passeio de mãos dadas. Talvez uma dança, uma brincadeira de criança ou um instante que faça toda a diferença!

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