No amor, muitas vezes, temos a impressão de que quanto mais perto, melhor. De certa forma, faz sentido, já que amor exige cuidado, olhar atento, presença e delicadeza.
Porém, existe uma sutil diferença entre zelar e sufocar. Para crescer, qualquer vida precisa de espaço. Uma combinação mágica entre a leveza do ar e um certo horizonte.
Se você sufoca, aperta ou pressiona, corre o risco de deformar, de machucar, de fazer murchar.
Talvez por isso amar não seja tarefa simples, porque pede sensibilidade e percepção. Um ajuste fino e constante para que não se esbarre sobre a negligência do abandono e nem sobre o excesso de zelo.
Trata-se de uma dança misteriosa que acerta o passo quando se movimenta entre o afastamento e aproximação. Entre o desejo e a saciedade. Entre a chegada e a partida.
Seu relacionamento não vai bem? A comunicação anda distorcida, confusa? Vocês não conseguem se entender? Um quer aproximar e o outro quer afastar? Talvez vocês precisem de apenas um pouco mais de espaço. Um pouco mais de silêncio. Um pouco mais de ar e horizonte.
Talvez, o ponto de entendimento esteja justamente na capacidade de respirar fundo e suavizar. Confiar no tempo. Seguir o fluxo. Mais do que insistir nas palavras e se perder em explicações, perguntas e justificativas, talvez o amor precise apenas de olhos atentos e ouvidos bem abertos.
Porque talvez seja na coragem de se enxergar e de se perceber e na decisão de enxergar e perceber o outro que esteja o maior exercício de amor.
O tempo de viver uma paixão e o tempo de resgatar um coração vulnerável é o mesmo. Um dia é sempre um dia. O que muda é quão lenta ou ofegantemente você respira. O quão consciente ou desesperadamente você inspira e expira.
Lembre-se de que, no final das contas, não existem garantias. Talvez o amor renasça. Talvez acabe. Não depende somente de você. Depende de uma alquimia que transborda ou não…
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