Uma pergunta aparentemente simples, mas que pode se tornar quase uma obsessão para algumas pessoas. Outras, embora desejem muito encontrar a resposta, terminam desistindo depois de tanto buscar e não encontrar.
Viver um relacionamento gratificante, intenso e apaixonado ainda é o desejo de muitos. Mas por conta de tantas mudanças de comportamento nos últimos tempos, é certo que, por um lado, nunca foi tão fácil se conectar com alguém, mas por outro, nunca foi tão difícil se comprometer de verdade.
O fato é que a resposta, teoricamente, é tão simples quanto a pergunta! Você certamente vai encontrar o amor da sua vida na… vida! Vivendo. Experimentando. Conhecendo gente. Conversando. Mas, acima de tudo e antes de mais nada, tem algo que você precisa fazer para esse encontro ser bem sucedido.
Você precisa saber o que está procurando. Que tipo de amor. Que tipo de dinâmica. Precisa saber, com clareza, quais as características essenciais e quais as que você não poderia suportar na pessoa com quem deseja compartilhar a sua vida.
Sei que tendemos a desejar o amor como uma mágica, um acontecimento inexplicável, um encantamento que as palavras não dariam conta. Mas não é bem assim. Até tem algo de inexplicável no amor.
Mas tem muito de facilmente compreensível se olharmos atentamente, se observarmos a história dos envolvidos. Se explorarmos, sobretudo, as crenças e os valores de cada um. Porque, no final das contas, a gente se apaixona por algo que já está posto dentro, na mente e na memória afetiva que construímos desde sempre.
E a questão é que esses valores e essas crenças nem sempre estão claros para nós mesmos. Se não investirmos em autoconhecimento e não voltarmos o nosso olhar para dentro antes de buscar a resposta e a pessoa certa do lado de fora, a chance de nos sabotarmos é muito grande.
A chance de sermos guiados por nossos medos, inseguranças e defesas é gigante. E daí terminamos nos apaixonando por alguém com quem vamos lutar contra tudo isso. Com quem vamos passar a vida tentando provar que conseguimos nos superar e nos defender.
Ou, muito pior do que isso, vamos nos apaixonar por alguém com quem certamente iremos estabelecer um relacionamento para, inconscientemente, provarmos que estamos “certos”, que “temos razão”.
E essa razão pode ser “homem não presta”, “homens mentem”, “mulheres são interesseiras”, “casamento não dá certo”, “o sexo perde a graça depois de algum tempo”, entre muitas outras verdades mentirosas que vamos aceitando sem perceber ao longo da vida.
Portanto, antes de sair por aí à procura do amor da sua vida, pare e olhe para você. Questione-se. Trace um plano bem delineado e claro. Escreva o que você quer. Que tipo de amor. Que tipo de pessoa. Com que valores, com que crenças, com que comportamentos. E depois trate de alinhar suas próprias crenças e valores com o que você realmente quer.
Assim, o encontro com o seu grande amor será bem mais fácil, rápido, fluido e prazeroso. Mas não se esqueça: não existem garantias. Um grande amor começa muito antes de começar, assim como pode terminar muito antes de realmente terminar se você não estiver presente, dedicando-se à construção do que você deseja todos os dias.
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