Jeito um pouco feio de falar sobre o comportamento de algumas mulheres, certo? Sim, eu sei, mas a expressão ilustra bem o que quero dizer. Na verdade, não são poucas as mulheres que, nas últimas décadas, vem insistindo em modelar os homens.
Não há nada de errado com o comportamento masculino, desde que você seja mesmo um homem ou que reconheça, conscientemente, que você tem uma energia essencialmente masculina, ainda que seja uma mulher.
O problema é que, na mesma medida em que mais mulheres se comportam como se fossem homens, mais homens se perdem e não sabem exatamente como agir. Alguns terminam polarizando e se comportando energicamente como mulheres. Outros, sem saber o que fazer diante de uma mulher, tornam-se verdadeiros ogros inconscientes.
A verdade é que a revolução feminina foi maravilhosa e fundamental. Libertou a gente de uma série de limitações absurdas, injustas e completamente desnecessárias. Deu-nos oportunidade de viver de forma mais igualitária enquanto humanas. Ou seja, a “luta” não era para definir quem é melhor (homens ou mulheres), mas para descobrir o quanto podemos nos complementar e potencializar o mundo.
Porém, é fato: nos perdemos no meio do caminho. E muitas continuam perdidas. Na ânsia de conquistar seu espaço, já não sabem reconhecer seu incrível poder feminino. Em vez de investir em suas indispensáveis características femininas, resolveram competir com as indispensáveis características masculinas.
Assim, inventam um “pinto” e usam como se fosse ferramenta de poder. Exibem seu “pseudo-falo” como espada e escudo, numa tentativa insana de desbravar o mundo e se defender dele ao mesmo tempo.
Bem, não precisamos de pinto. Pinto é ótimo, mas num contexto masculino. Nós temos nossas próprias ferramentas e elas são altamente poderosas. Servem para nos fazer engrandecer o mundo de uma forma que, muitas vezes, sequer conseguimos imaginar. Somos naturalmente guerreiras, corajosas e férteis.
Somos donas do poder de criar, gerar, cuidar, acolher, ensinar, agregar e amar! E isso nos torna infinitamente equipadas com toda a força de que precisamos. Podemos realmente conquistar o mundo para além da dor, do caos e da angústia a que temos imposto a nós mesmas e a quem está ao nosso redor.
Talvez nossas avós e até nossas mães precisaram lutar e até se desrespeitar para conquistar um lugar, porque elas não sabiam fazer diferente. Foram pioneiras da mudança. Mas agora a guerra pode terminar. Precisamos ser simples e autenticamente femininas.
Podemos ser suaves e firmes. Amorosas e inteligentes. Doces e determinadas. Podemos dar espaço para os nossos complementares masculinos e reconhecê-los como indispensáveis enquanto nossos parceiros e cúmplices. E estou falando de energia e não necessariamente de orientação sexual.
Podemos e devemos ocupar o lugar que nos cabe por direito, merecimento e absoluta competência. Mas não precisamos ser iguais aos homens. Simplesmente porque somos mulheres. E é ótimo ser mulher sem precisar inventar e empunhar um pinto que nem temos.
Enfim, podemos absolutamente tudo o que quisermos. Porque o problema não está em “o que” fazemos, mas em “como” fazemos e, sobretudo, “por que” fazemos. Cada atitude, cada escolha, cada palavra, cada reivindicação precisa ser genuinamente feminina e coerente com o que pede nosso corpo, nossa alma e nosso coração.
Não sei se a metáfora ficou compreensível, mas quero apenas lembrar que as mulheres são sábias, intuitivas, maravilhosas, completas e sagradas. E quando se reconhecem e se permitem assim ser, encaixando-se amorosamente com o masculino, o bem maior de toda a humanidade é ativado!
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3 respostas para “A era das mulheres “pintudas”!”
muito bom! Excelente reflexão metafórica.
Penso exatamente como vc sobre esse assunto Rosana. …. No mais digo que está ficando cansativo viver assim precisando nos defender de tudo nessa infinita guerra dos sexos….. Deus não nos criou como opositores enquanto homem e mulher, mas sim como complementares !
Obrigada pelo lindo texto.
Perfeito!