Quando você está numa boa, tranquila, disponível e acessível, o outro se torna grosseiro, impaciente e intolerante com você? E, ao contrário, quando sua paciência acaba e você fica pouco interessada, parece que ele faz qualquer coisa para reconquistar sua atenção?
Você tem a impressão de que vive em constantes altos e baixos? Que quando um quer o outro não quer mais? Que vocês se alimentam de intrigas e discussões, por mais que realmente não desejem isso? Vivem sofrendo e se perdendo entre ficar ou desistir desse encontro?
Talvez estejam alimentando uma dinâmica altamente desgastante e nada criativa. Talvez estejam trocando energias tóxicas e atitudes cheias de carência, ciúme, insegurança, medo, defesas e ressentimentos. E, muito provavelmente, estão vivendo o presente baseando-se num passado doloroso ou num futuro cheio de crenças equivocadas sobre o que seja amor.
Relacionamentos abusivos e de dependência emocional começam assim, com essa sequência de desencontros e palavras. Casais que se atraem e se repelem ao mesmo tempo. Que se fazem promessas de amor e, logo depois, ofensas exageradas e acusações sem fundamentos.
Pare por um instante e reflita. O que você realmente quer? Estar com essa pessoa ou ficar sozinha? Investir no relacionamento ou cuidar da sua vida? Abrir espaço para o que pode ser construído de bom entre vocês e por vocês ou apenas estar ora “por cima” ora “por baixo” nessa troca disfuncional entre vocês? Até quando vai suportar esse jogo de quem submete e quem fica submetido?
Saiba que, muitas vezes, pedir ajuda, fazer um trabalho de autoconhecimento, revisar as crenças e dar um tempo no que não está funcionando podem ser atitudes de amor, seja pelo outro, seja por si mesma. Porque estando juntos, o casal pode não se dar conta do mal que um tem feito ao outro.
Não sou a favor da separação ou da desistência na primeira dificuldade, mas insistir em algo que não está fazendo bem a ninguém é um comportamento sadomasoquista, que só gera dor e tristeza. É o que faz com que homens e mulheres se tornem defendidos e descrentes para o amor.
Portanto, se você está vivendo uma história que deveria ser de leveza, alegria, prazer e crescimento, mas que tem se mostrado de tensão, ansiedade, cobranças e incoerências, respire e dê um tempo. Vai cuidar de você e deixe que o outro se encontre também.
Amar é, acima de tudo, confiar no sentimento que existe entre vocês. Se tiverem de ficar juntos, que seja num movimento de expansão e no momento certo. E se não tiverem de ficar juntos, que se deixem livres para o melhor que está por vir na vida de cada um. Porque, afinal de contas, você merece ser feliz de verdade.
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Uma resposta para “Seu relacionamento é uma gangorra emocional?”
O triste é que quando o casal se dá conta do drama, estão idosos, doentes e um vai precisar do outro por menos que cada um possa cuidar de si mesmo. Seus conselhos são saudáveis, amiga, mas penso que no primeiro sinal do desencontro algo precisa ser feito, com coragem, sem culpabilidades idiotas, ou será muito mais difícil mais tarde. Concorda?