Onde encontrar o amor da sua vida?

Uma pergunta aparentemente simples, mas que pode se tornar quase uma obsessão para algumas pessoas. Outras, embora desejem muito encontrar a resposta, terminam desistindo depois de tanto buscar e não encontrar.

Viver um relacionamento gratificante, intenso e apaixonado ainda é o desejo de muitos. Mas por conta de tantas mudanças de comportamento nos últimos tempos, é certo que, por um lado, nunca foi tão fácil se conectar com alguém, mas por outro, nunca foi tão difícil se comprometer de verdade.

O fato é que a resposta, teoricamente, é tão simples quanto a pergunta! Você certamente vai encontrar o amor da sua vida na… vida! Vivendo. Experimentando. Conhecendo gente. Conversando. Mas, acima de tudo e antes de mais nada, tem algo que você precisa fazer para esse encontro ser bem sucedido.

Você precisa saber o que está procurando. Que tipo de amor. Que tipo de dinâmica. Precisa saber, com clareza, quais as características essenciais e quais as que você não poderia suportar na pessoa com quem deseja compartilhar a sua vida.

Sei que tendemos a desejar o amor como uma mágica, um acontecimento inexplicável, um encantamento que as palavras não dariam conta. Mas não é bem assim. Até tem algo de inexplicável no amor.

Mas tem muito de facilmente compreensível se olharmos atentamente, se observarmos a história dos envolvidos. Se explorarmos, sobretudo, as crenças e os valores de cada um. Porque, no final das contas, a gente se apaixona por algo que já está posto dentro, na mente e na memória afetiva que construímos desde sempre.

E a questão é que esses valores e essas crenças nem sempre estão claros para nós mesmos. Se não investirmos em autoconhecimento e não voltarmos o nosso olhar para dentro antes de buscar a resposta e a pessoa certa do lado de fora, a chance de nos sabotarmos é muito grande.

A chance de sermos guiados por nossos medos, inseguranças e defesas é gigante. E daí terminamos nos apaixonando por alguém com quem vamos lutar contra tudo isso. Com quem vamos passar a vida tentando provar que conseguimos nos superar e nos defender.

Ou, muito pior do que isso, vamos nos apaixonar por alguém com quem certamente iremos estabelecer um relacionamento para, inconscientemente, provarmos que estamos “certos”, que “temos razão”.

E essa razão pode ser “homem não presta”, “homens mentem”, “mulheres são interesseiras”, “casamento não dá certo”, “o sexo perde a graça depois de algum tempo”, entre muitas outras verdades mentirosas que vamos aceitando sem perceber ao longo da vida.

Portanto, antes de sair por aí à procura do amor da sua vida, pare e olhe para você. Questione-se. Trace um plano bem delineado e claro. Escreva o que você quer. Que tipo de amor. Que tipo de pessoa. Com que valores, com que crenças, com que comportamentos. E depois trate de alinhar suas próprias crenças e valores com o que você realmente quer.

Assim, o encontro com o seu grande amor será bem mais fácil, rápido, fluido e prazeroso. Mas não se esqueça: não existem garantias. Um grande amor começa muito antes de começar, assim como pode terminar muito antes de realmente terminar se você não estiver presente, dedicando-se à construção do que você deseja todos os dias.

 

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Pessoas ansiosas vomitam sentimentos!

Por Rosana Braga

Já comeu comida estragada e sentiu cair feito uma bomba no seu estômago? A dor e o desconforto eram tão grandes que só passou depois que você conseguiu colocar tudo pra fora?

Sim, o vômito pode ser sua única salvação em algumas situações. Por mais agressivo que seja esse movimento, por pior que seja a sensação, pode ser a única forma de não ter seu corpo todo machucado, envenenado e ainda sofrer danos ainda piores.

Mas, verdade seja dita: vomitar é – e tem de ser – um ato circunstancial, esporádico, raro. Porque de tão “na contramão” que é esse processo, ele também agride seu corpo e fere o “caminho natural” da digestão.

O necessário, o saudável e o prazeroso está em digerir. E digerir significa justamente isso: quando o que você escolhe para se alimentar percorre uma sequência que satisfaz. Você sente o sabor do alimento, seu corpo é nutrido e, depois de absorver todos os componentes que te fazem crescer, descarta o que não serve para mais nada.

E quanto às suas emoções? E quanto ao que você sente? Tem feito o que com tudo isso? Se você é uma pessoa ansiosa, muito provavelmente sabe bem o que é dor de estômago e essa sensação de que suas emoções caem como uma bomba dentro de você!

Não é comida estragada, mas… justamente por não saber como lidar com o que sente, por não saber digerir suas emoções, você vomita! Joga pra fora o que está pensando e sentindo de um jeito tão agressivo que tende a ferir não só o outro, mas também a si mesma.

E se você for muito ansiosa, provavelmente faz esse movimento “na contramão” tantas vezes que termina “sujando” tudo ao seu redor. E, pior do que isso, por não se permitir digerir, não sente o verdadeiro sabor do que vivencia, não absorve os nutrientes e vai ficando fraca, desnutrida e, finalmente, adoecida.

Desperdiça seus encontros. Abre mão de tudo de bom que seus relacionamentos poderiam trazer para sua vida. E também não aproveita seus próprios sentimentos como possibilidades de aprendizado e amadurecimento emocional.

Seu coração perde a preciosa oportunidade de assimilar tudo o que você é capaz de sentir: alegria, tristeza, decepção, prazer, raiva, saudade, carinho, medo, dor, entusiasmo. Enfim, tudo o que faz de você um ser humano com um potencial incrível para experimentar o amor e a vida em todas as suas nuances.

Sugiro que, diante de qualquer emoção – exceto se realmente ela estiver envenenada – você respire fundo e permita-se digerir, absorver, assimilar e transformar. Que você se autorize a viver o processo que viabiliza a genuína felicidade. O processo de ser, de estar e de amar.

Você é bacana, sacana ou banana no amor?

Bacana, sacana ou banana: que tipo você é no amor?
Por Rosana Braga

A reclamação é geral! Toda vez que converso informalmente ou dou consultoria de relacionamento a alguém, especialmente com idade entre 25 e 45 anos, seja homem ou mulher, o que ouço é mais ou menos o seguinte: as pessoas estão malucas, não querem nada sério, só pensam em sexo!

Penso que a maior loucura tem sido manter um abismo insano entre o que se mostra e o que se quer. Essa mania de acreditar que é preciso manter uma aparência socialmente interessante a despeito do que se é de verdade. Sabe qual é a doideira disso? É que é uma completa viagem acreditar que você sabe qual é a aparência que vai interessar ao outro! Não sabe!!!

O grande problema é ficar tentando parecer e não ser! Daí, você termina sendo (talvez até sem perceber) um “banana” porque isso parece interessante. Explico: pessoas “bananas” são aquelas consideradas “boazinhas”. Fazem de tudo pra agradar. Dizem sempre “sim”. São super solícitas. Quer saber? No fundo, no fundo, mesmo sem intenção, pessoas assim são as mais manipuladoras que existem.

Elas querem adivinhar o que o outro gosta. E ao tentar corresponder os desejos do outro, seu único intuito é que ele retribua depois essa “bondade gratuita”. Que esse outro faça exatamente o que o bonzinho deseja. Não se conhece. Ou não se assume porque tem medo de não agradar. Prefere focar no desejo do outro como estratégia para ser amado. Não vai ser. Ou será por muito menos tempo do que gostaria. Querendo parecer bacanas, são bananas.

E o sacana? É aquele que só olha pro próprio umbigo. Que faz somente o que quer, quando quer. Em geral, se nomeiam “sinceros demais”. Falam o que pensam sem se importar com o que vão causar. Seu lema é “ema, ema, ema – cada um com seus problemas”. E sabe o que é pior? O “banana”, em geral, fica completamente apaixonado… e frustrado! É por isso que o bonzinho costuma sofrer tanto por amor! E o sacana segue mentindo pra si mesmo sobre estar feliz!

Na verdade, pessoas sacanas se sentem vazias e sozinhas, mas rapidamente vão pra balada, beijam, transam e vivem o momento como bem entendem. Tapam o buraco interno com a peneira e se enganam repetidas vezes, sustentando uma aparência que convence só os bananas. Querendo parecer bacanas, são sacanas.

E a pessoa bacana? É aquele aberta para si mesma e para o outro. Vive o que sente, observando o que acontece dentro de si e ao seu redor. Sabe que a vida e o amor são como uma dança. Precisa de atenção, sintonia, ritmo, cuidado e flexibilidade! Não dá para fazer tudo o que o outro quer, nem só fazer o que ela mesma quer. Tem de ter equilíbrio e sensibilidade. Tem de se conhecer. Tem de saber qual o seu tempo, qual o seu tom.

Bacana mesmo é ser espontâneo. É errar e consertar. É se enganar e aprender. É doer e recomeçar. É arriscar, tentar, amadurecer e apostar no que cada um tem de melhor. Porque a real é que tem muita gente bacana no mundo. Muita mesmo. Mas se você não acredita, simplesmente não vê! Deixa o bacana passar e fica reforçando sua crença ao observar os bananas e os sacanas!

Mude o foco! Abra a mente. Ilumine o coração. Aposte no que você quer e se mantenha no ritmo, porque quando menos esperar, encontrará um par para a coreografia do amor que deseja viver. Afinal, quando você é bacana, bacana mesmo, na teoria e na prática, sem medo de parecer banana ou sacana, você atrai gente bacana! Inevitável assim!

Tem gente que não sabe ser amada!

Cuidado! Tem gente que simplesmente não sabe ser amada!
por Rosana Braga

Sei que é bem estranho pensar em alguém que não sabe ser amado. Mas infelizmente tem muita gente que não aprendeu. Tem gente que até aprendeu, mas de tanto ser amado de um jeito torto, pequeno, esqueceu ou nem sabe como é o amor de gente grande.

Algumas dessas pessoas podem ter vivido situações tão doloridas ou tão confusas que não souberam como lidar com tudo isso e simplesmente se fecharam. E agora, não conseguem se deixar amar. Incomodam-se com o afeto, o tratar bem.

Sim, porque estou falando de amor saudável. Amor que faz crescer a si mesmo e ao outro. Que constrói, que ensina e aprende. Amor cuidado e caro. Que tem desafios e desavenças, mas que são resolvidas de forma digna e respeitosa. Amor em que as diferenças servem para amadurecer o casal e a relação.

Se não for assim, então estamos falando desse pseudo amor que desmonta, despedaça e adoece. Desse tipo de amor que faz a gente se deparar com relações que, na prática, canibalizam. Um vai arrancando pedaços do outro aos poucos. E vão se digladiando e se engolindo sem sequer atentar para o horror que se causam mutuamente. Quando vêem, estão aos tocos, dilacerados e sem saber pra que estão nesta dinâmica nefasta.

Uma ofensa aqui, uma acusação ali. Quase nunca ou nunca mesmo um elogio. Reconhecimento? Pra que? Hoje, uma depreciação com palavras rudes, pesadas. Amanhã, um tapa, um empurrão. Depois, lágrimas secam e sobra só a casca. Vazios que se fizeram. Ocos que se deixaram.

E desaprendem, definitivamente, o amor de verdade. Resta esse amor estranho, adoecido, que se irrita quando encontra quem quer amá-los como gente grande. Que gargalha diante do exercício de amor dos outros. Que desacredita e tenta esfriar qualquer paixão ao seu redor.

Existem ainda os que continuam tentando, apostando, jurando que acreditam no amor. Mas repetem várias e várias vezes a tal dinâmica maluca do amor canibal. Ora machucam, ora são machucados. Ora mordem, ora são mordidos. E persistentes que são, vão definhando de relação em relação. Ou ainda, na mesma relação “até que a morte (programada?) os separem”.

Se você está numa relação assim, acorde enquanto há tempo! Você faz de tudo pelo outro, mas ele continua morno, sem saber como retribuir, dizendo que você é a pessoa perfeita na hora errada? Pois saiba que é isso mesmo! Caia fora dessa hora errada, dessa chance falida, desse encontro que poderá vir a ser, mas não agora!

Se o outro não sabe ser amado como gente grande, terá de aprender antes. E pra isso, precisa querer! Precisa se dar conta de que tem algo errado, de que amor torto não alimenta, não faz crescer. Não funciona! E se ele insiste em não corresponder o amor que você oferece, então lembre-se de oferecer esse amor a si mesmo e pare de se torturar.

Não deixe sua autoestima nas mãos de quem não sabe o que isso significa. Aliás, autoestima é algo que só pode ser cuidada por você mesmo. E tem a ver com noção de merecimento. Tem a ver com aprender a reconhecer quem você é e que tipo de amor está pronto pra viver! Tem a ver com se tornar gente grande. Porque é essa a função do amor!

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Autorização para ser inteira!

Queremos tudo. E queremos tudo perfeito. Mas isso não basta. Além de tudo perfeito, queremos para ontem. E sabe o que conseguimos? Frustração, ansiedade e sofrimento. Veja bem! Realmente não acho que devemos nos conformar com uma vidinha mais ou menos, com a mediocridade ou com realizações, desejos e sensações sempre mornas. Não é isso!

Mas às vezes ainda me surpreendo com essa mania – desgastante e ineficiente, diga-se de passagem – que a maioria das pessoas tem de acreditar que os extremos são mais interessantes. Ou temos de estar absurdamente felizes e completos e radiantes. Ou nos afundamos numa tristeza profunda, sem conseguir enxergar luz ao final do túnel.

O problema é essa ilusão de que só o sol e o calor são bonitos e gostosos. Como se só os sorrisos e as vitórias fossem bons. Não tem essa de bom ou ruim. O que tem é a vida. E a vida inclui sorrisos e vitórias, mas também dias frios, chuvosos, nublados… tristezas, enganos, dúvidas. A vida inclui, inclusive (perdoem-me a tautologia), a morte. Como toda boa história, tem começo, meio e fim. Morte não é o oposto de vida. É vida também.

Mas como não aceitamos, como brigamos e resistimos e nos revoltamos com o que julgamos não bonito ou não bom, sofremos. Perdemos a chance única de encontrar a poesia e a arte contidas no entremeio. Nem preto, nem branco. Todas as cores. Todos os tons. Todas as intensidades. Todos os sentimentos.

Sabe qual é o cúmulo da maluquice humana? É se sentir culpado por estar triste. É achar que chorar é coisa de gente fraca. É fingir que está tudo bem quando se está desabando por dentro. É usar máscaras e mais máscaras para negar a si mesmo. Para não se permitir.

Também não estou aqui para fazer um tributo à depressão. A questão é essa falta de autorização para ser inteiro. É essa estranha posição que ocupamos de quem PRE-CI-SA ser feliz a qualquer custo, nem que seja de mentira. Nem que seja só para se encaixar. E sem se dar conta de que esse “ser feliz”, assim tão contundente, tão perfeito, tão pra ontem, não existe, não se cabe, não se nutre.

Meu exercício, hoje, é para ser. Ser o frio, o calor, o nublado, o desfolhado, o sol, o vento e a chuva. Claro, escuro e crepúsculo. Dor e alegria. Quero me autorizar à inteireza. Ora resplandecente, ora murcha. Ora gargalhada, ora lágrima. Ora silêncio, ora voz. Ora um “plim” – que ótima ideia! Ora “ahhhh” – que “m” que eu fiz! Ser tudo, mas longe de perfeita. E somente por agora.

E assim, atenta ao que mais posso ser, sem julgar nem desmerecer, quero aprender que o perfeito é um modelo. Não existe. Não é ninguém. Sem rosto e sem alma. Sem coração e sem nome. Sem sobrenome. Sem a mágica e imperdível chance de viver. E de morrer. Para que a história da humanidade possa continuar a ser escrita. Cada dia mais belamente.

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Seu comportamento tem sido sábio, inteligente ou burro no amor?

Outro dia, participando de uma reunião entre empreendedores, ouvi uma colocação que me fez refletir profundamente sobre o modo como agimos e tomamos decisões, não só na área profissional, mas também, ou talvez até principalmente, na área afetiva.

O conceito passado ao grupo foi o de que uma pessoa está agindo de modo sábio quando observa o comportamento das outras ao seu redor, consegue fazer uma análise sensível e detalhada sobre os acontecimentos e tira da situação um aprendizado para sua própria vida. Ou seja, sábio é aquele que consegue aprender com o erro alheio. Assim, evita cometer equívocos já conhecidos, mesmo que nunca experimentados. Tais pessoas têm excelentes e rápidos resultados.

Já a pessoa que age de modo inteligente é aquela que, diante de sua própria atitude equivocada, consegue parar, analisar e perceber onde foi que errou. Das consequências inesperadas e até prejudiciais, ela extrai importantes lições e tende a não incidir no mesmo engano em situações semelhantes no futuro. Tais pessoas têm resultados muito bons e tendem a melhorar.

Por fim, a pessoa que tem atitudes consideradas “burras” é aquela que, já tendo cometido determinados erros e já tendo, inclusive, visto outras pessoas cometendo erros parecidos, volta a errar de novo e de novo. Sem olhar para si ou sem se responsabilizar pelos resultados que obtém, esse tipo de pessoa costuma culpar a tudo e a todos pela “falta de sorte” que tem na vida. Cegas de si mesmas, não conseguem elaborar uma percepção sensata e honesta de quem são e do que estão fazendo. Seus resultados, muitas vezes, nem chegam a ser medíocres. Precisariam de mais investimento para atingir a média!

E no amor? Como você tem agido? Qual tem sido seu comportamento recorrente? Você tem olhado para o outro apenas para apontar o dedo e criticá-lo? Ou olha como se ele fosse um mestre, a quem você deveria respeitar ao menos por estar te ensinando a como não fazer? Você tem aproveitado seus próprios enganos para se tornar uma pessoa mais conhecida para si mesma? Ou tem se chicoteado e se insultado, sem notar que um erro pode ser sua grande chance de recomeçar, de inovar e encaixar, finalmente, seus pensamentos, sentimentos e ações?

Ou, pior ainda, você tem desperdiçado seus dias e suas relações em enganos após enganos, sempre se lamentando e encontrando uma desculpa para adiar sua própria felicidade? Tem se convencido de que o amor não é para todos e se atolado em atitudes vazias e sem sentido para si mesma?

Sugiro que você aproveite a ocasião de celebrar o amor e a arte de namorar não para fazer comentários pequenos e mesquinhos sobre tudo o que poderia estar vivendo e não está! Mas para levantar a taça de sua própria história e brindar as infinitas possibilidades de aprendizagem, de mudança e, de verdade, com coragem e respeito por seu próprio coração, colocar-se no lugar de “eterno aprendiz”. Porque o amor ensina, inspira e vale muito a pena. Sempre vale!

Por que algumas pessoas só dão valor quando perdem?

Não sei o que é pior: já ter conhecido alguém que só dá valor ao que tem depois de perder, ou ser alguém assim. Não estou julgando. Não se trata de valores morais ou avaliações do tipo “certo” ou “errado”. O que quero dizer é que é mesmo lamentável só conseguir se dar conta de algo ou alguém quando já é tarde demais!

Sei que, aos mais céticos, parece conversinha inútil. Mas tenho visto, ouvido e até acompanhado algumas histórias de dar pena. Triste mesmo! De gente que parece estar contra si mesmo. De homens e mulheres botando a perder o que têm de melhor e de mais importante em suas vidas, simplesmente por não conseguirem enxergar o belo, o bom, o que, aos seus olhos fechados, parece pouco…

Muito já se repetiu que temos dois caminhos para aprender qualquer lição nesta vida: pelo amor ou pela dor. Em geral, infelizmente, escolhemos o segundo caminho. Claro, inconscientemente. Mas isso não nos torna vítimas ou inocentes. Nem culpados ou algozes, no entanto.

Trata-se, sobretudo, de uma constatação que deve, sim, servir para nos tornar mais atentos. É fato que já passou da hora de muitos de nós tomarmos uma boa sacudidela. Um susto suficientemente grande para nos fazer acordar e manter os olhos bem abertos!

Por todos os lados, vemos pessoas sendo amadas sem sequer notar, quiçá valorizar ou retribuir! Pessoas recebendo oportunidades incríveis, vivendo com familiares e amigos maravilhosos, estando em lugares imperdíveis… e nada! Só reclamando, só se lamentando, só desperdiçando. Pecando a vida!

Acreditam que a fonte nunca seca. Apostam que podem ignorar, disfarçar e adiar o amor à seu bel-prazer que nada vai mudar. E pior: acham que se mudar, nada vão perder, nada vão sentir, nada vão sofrer.

Mas quando chega o tal dia em que o outro se cansa e vai embora, ahhh, quando chega esse dia, é inacreditável o que já vi acontecer! Alguns, primeiro dão de ombros, como se nem se importassem. Mas com mais ou menos dias… para quase todos, o desespero bate! A lucidez chega e a impressão que dá é que, após curto-circuito, suas luzes se acenderam!

Mas agora? Agora acabou. Finito. O outro não quer mais. Cansou de tentar. Cansou, não de sua perfeição, porque isso não existe. Cada qual tem sua parte no enredo vivido. Mas, sim, cansou de se relacionar no escuro do outro!

E assim, diante da falta, do suposto abandono, arregalam os olhos! Reagem como se estivessem surpresos! “Como assim?!? O que houve?!?” E a fim de tentar reverter a situação, tornam-se tudo o que poderiam ter sido, mas nunca se dispuseram a ser! Flores, cartas, galanteios e declarações. Lágrimas, pedido de perdão, reconhecimentos e elogios.

As certezas, até então inexistentes, brotam de um não sei onde, baseadas num não sei o que, recheadas de propostas tão aguardadas, mas que jamais foram feitas. Onde estava esse desejo? Onde estava essa pessoa? Onde estava esse coração?

Preso em sua própria armadilha! Certamente escondido, defendido, entorpecido de falsas verdades, crenças distorcidas e enganos, tristes enganos. Sim, estou certa de que sua dor é mesmo real agora. Talvez tenha mesmo acordado. Mas talvez seja só a dor do vazio, da perda. Talvez seja a frustrante constatação de sua incapacidade de se entrelaçar. Talvez… Quem pode saber o que se passa?

Eu não posso! Quem esperou por atitudes durante tanto tempo também não tem como saber. Sem garantias. Sem certezas. Só quem pode descobrir qual a real disponibilidade, quais são os sentimentos pelos quais está pronto para viver é quem, de fato, acordou!

Portanto, se você é quem se cansou de esperar e foi embora… ou se você é quem, enfim, se deu conta de que estava dormindo, minha sugestão é que se aquiete, pare, respire, medite… Dê tempo ao tempo. Dê tempo ao outro e a si mesmo. Tente ser o mais honesto possível com seu próprio coração. A resposta virá de dentro. Da sua essência e não da sua tormenta.

E, por fim, se você nunca passou por isso, esteja atento ao seu amor para evitar as armadilhas. Porque não me restam dúvidas de que sucumbir a elas dói. Dói demais! E não há analgésico que faça passar.

Ele diz que te adora, mas não te namora…

Já perdi a conta de quantas mensagens recebi e continuo recebendo, especialmente de mulheres, repetindo a mesma queixa. Cada uma a seu modo, com suas interpretações particulares e conclusões singulares, mas com uma só dificuldade: traduzir o que o outro quer dizer…

Isto é, saem com uma digníssima pessoa, envolvem-se com ela e constroem expectativas e mais expectativas. Até aí, julgo absolutamente compreensível. E digo mais: até muito lógico, exceto os casos em que é notória a insistência em depositar suas carências na possibilidade de se acomodar num relacionamento que não acontece nunca… felizmente!

Pois bem… ao que tudo indica, pelo “andar da carruagem”, o outro também está a fim. Diz lindas palavras, trata o sexo oposto com beijos e seduções e transforma os encontros – geralmente poucos – em difíceis de esquecer… Seus galanteios são realmente enredantes. Porém, de repente, não mais que de repente, ele assume: “eu adoro você, mas não quero namorar”. Ela titubeia, sente um frio na barriga, mas não consegue acreditar. “Afinal” – ela pensa – “ele é tão carinhoso, tão intenso, tão envolvente… Não é possível que não goste de mim a ponto de desejar ficar comigo… não faz sentido”.

E mais alguns meses se passam. Novos encontros, novos elogios, novas técnicas de sedução… Tudo tão intenso quanto fugaz, tão previsível quanto estranhamente surpreendente, tão vazio quanto uma fantasia de criança, mas paradoxalmente preenchedor… E está armada a neurose: o que fazer? No que acreditar? Como agir?
Continuar? Parar?

Ok! Vamos aos fatos e às reflexões… O que você realmente deseja? Ser assumida ou ser gostada exatamente do jeito que o outro está dizendo que gosta? Entender o que o outro está dizendo ou viver o que está acontecendo?

Sei, não é fácil responder essas perguntas, especialmente porque, no final das contas, tudo está ligado e faz parte de uma mesma circunstância. Mas é importante desfazer os nós quando se quer descobrir qual é o tamanho da linha…

Creio, portanto, que o mais importante seja traduzir a tal declaração que parece tão incompreensível para algumas pessoas. O que o outro quer dizer quando repete “adoro você, mas não quero te namorar“??? Exatamente isso! Nada mais, nada menos. Ou seja, “você é uma pessoa interessante, que me atrai, de quem gosto de estar perto e ponto. Nada mais do que isso. Uma espécie de amizade colorida, como diziam antigamente.

Sei, sei… você vai argumentar: “mas eu já disse para ele não me ligar mais, não me procurar porque assim eu não quero, mas ele liga e eu não resisto; saio de novo”… E eu lanço um desafio: se ele diz que te adora e que quer sair com você, é justamente isso o que está fazendo – tentando satisfazer o desejo dele. Mas se você diz que assim não quer e, no entanto, sai toda vez que ele liga… quem é que está sendo incoerente, você ou ele?

O meu intuito com este artigo é tentar simplificar o que mais parece um emaranhado de expectativas frustradas do que uma possibilidade de se sentir bem. Ou você aceita o que o outro tem a oferecer, ou pega o seu banquinho e sai de mansinho. Pare de tentar, o tempo todo, fazer com que o outro aja conforme os seus desejos. Comece você a agir conforme os seus desejos e assuma-os, de uma vez por todas.

Se quer, assuma que quer. Se não quer, assuma que não quer. E pague o preço… porque todas as nossas escolhas têm um preço, sempre. Agora, ficar culpando o outro pela sua frustração não vai resolver nada e você vai perder seu precioso tempo sem usufruir o que quer ou sem abrir espaço para alguém que tenha desejos semelhantes aos seus…

Enfim… falando curto e grosso, seríamos bem mais felizes se começássemos a assumir aquilo que realmente desejamos e, especialmente, o que deseja nosso coração…