Você é bacana, sacana ou banana no amor?

Bacana, sacana ou banana: que tipo você é no amor?
Por Rosana Braga

A reclamação é geral! Toda vez que converso informalmente ou dou consultoria de relacionamento a alguém, especialmente com idade entre 25 e 45 anos, seja homem ou mulher, o que ouço é mais ou menos o seguinte: as pessoas estão malucas, não querem nada sério, só pensam em sexo!

Penso que a maior loucura tem sido manter um abismo insano entre o que se mostra e o que se quer. Essa mania de acreditar que é preciso manter uma aparência socialmente interessante a despeito do que se é de verdade. Sabe qual é a doideira disso? É que é uma completa viagem acreditar que você sabe qual é a aparência que vai interessar ao outro! Não sabe!!!

O grande problema é ficar tentando parecer e não ser! Daí, você termina sendo (talvez até sem perceber) um “banana” porque isso parece interessante. Explico: pessoas “bananas” são aquelas consideradas “boazinhas”. Fazem de tudo pra agradar. Dizem sempre “sim”. São super solícitas. Quer saber? No fundo, no fundo, mesmo sem intenção, pessoas assim são as mais manipuladoras que existem.

Elas querem adivinhar o que o outro gosta. E ao tentar corresponder os desejos do outro, seu único intuito é que ele retribua depois essa “bondade gratuita”. Que esse outro faça exatamente o que o bonzinho deseja. Não se conhece. Ou não se assume porque tem medo de não agradar. Prefere focar no desejo do outro como estratégia para ser amado. Não vai ser. Ou será por muito menos tempo do que gostaria. Querendo parecer bacanas, são bananas.

E o sacana? É aquele que só olha pro próprio umbigo. Que faz somente o que quer, quando quer. Em geral, se nomeiam “sinceros demais”. Falam o que pensam sem se importar com o que vão causar. Seu lema é “ema, ema, ema – cada um com seus problemas”. E sabe o que é pior? O “banana”, em geral, fica completamente apaixonado… e frustrado! É por isso que o bonzinho costuma sofrer tanto por amor! E o sacana segue mentindo pra si mesmo sobre estar feliz!

Na verdade, pessoas sacanas se sentem vazias e sozinhas, mas rapidamente vão pra balada, beijam, transam e vivem o momento como bem entendem. Tapam o buraco interno com a peneira e se enganam repetidas vezes, sustentando uma aparência que convence só os bananas. Querendo parecer bacanas, são sacanas.

E a pessoa bacana? É aquele aberta para si mesma e para o outro. Vive o que sente, observando o que acontece dentro de si e ao seu redor. Sabe que a vida e o amor são como uma dança. Precisa de atenção, sintonia, ritmo, cuidado e flexibilidade! Não dá para fazer tudo o que o outro quer, nem só fazer o que ela mesma quer. Tem de ter equilíbrio e sensibilidade. Tem de se conhecer. Tem de saber qual o seu tempo, qual o seu tom.

Bacana mesmo é ser espontâneo. É errar e consertar. É se enganar e aprender. É doer e recomeçar. É arriscar, tentar, amadurecer e apostar no que cada um tem de melhor. Porque a real é que tem muita gente bacana no mundo. Muita mesmo. Mas se você não acredita, simplesmente não vê! Deixa o bacana passar e fica reforçando sua crença ao observar os bananas e os sacanas!

Mude o foco! Abra a mente. Ilumine o coração. Aposte no que você quer e se mantenha no ritmo, porque quando menos esperar, encontrará um par para a coreografia do amor que deseja viver. Afinal, quando você é bacana, bacana mesmo, na teoria e na prática, sem medo de parecer banana ou sacana, você atrai gente bacana! Inevitável assim!

Autorização para ser inteira!

Queremos tudo. E queremos tudo perfeito. Mas isso não basta. Além de tudo perfeito, queremos para ontem. E sabe o que conseguimos? Frustração, ansiedade e sofrimento. Veja bem! Realmente não acho que devemos nos conformar com uma vidinha mais ou menos, com a mediocridade ou com realizações, desejos e sensações sempre mornas. Não é isso!

Mas às vezes ainda me surpreendo com essa mania – desgastante e ineficiente, diga-se de passagem – que a maioria das pessoas tem de acreditar que os extremos são mais interessantes. Ou temos de estar absurdamente felizes e completos e radiantes. Ou nos afundamos numa tristeza profunda, sem conseguir enxergar luz ao final do túnel.

O problema é essa ilusão de que só o sol e o calor são bonitos e gostosos. Como se só os sorrisos e as vitórias fossem bons. Não tem essa de bom ou ruim. O que tem é a vida. E a vida inclui sorrisos e vitórias, mas também dias frios, chuvosos, nublados… tristezas, enganos, dúvidas. A vida inclui, inclusive (perdoem-me a tautologia), a morte. Como toda boa história, tem começo, meio e fim. Morte não é o oposto de vida. É vida também.

Mas como não aceitamos, como brigamos e resistimos e nos revoltamos com o que julgamos não bonito ou não bom, sofremos. Perdemos a chance única de encontrar a poesia e a arte contidas no entremeio. Nem preto, nem branco. Todas as cores. Todos os tons. Todas as intensidades. Todos os sentimentos.

Sabe qual é o cúmulo da maluquice humana? É se sentir culpado por estar triste. É achar que chorar é coisa de gente fraca. É fingir que está tudo bem quando se está desabando por dentro. É usar máscaras e mais máscaras para negar a si mesmo. Para não se permitir.

Também não estou aqui para fazer um tributo à depressão. A questão é essa falta de autorização para ser inteiro. É essa estranha posição que ocupamos de quem PRE-CI-SA ser feliz a qualquer custo, nem que seja de mentira. Nem que seja só para se encaixar. E sem se dar conta de que esse “ser feliz”, assim tão contundente, tão perfeito, tão pra ontem, não existe, não se cabe, não se nutre.

Meu exercício, hoje, é para ser. Ser o frio, o calor, o nublado, o desfolhado, o sol, o vento e a chuva. Claro, escuro e crepúsculo. Dor e alegria. Quero me autorizar à inteireza. Ora resplandecente, ora murcha. Ora gargalhada, ora lágrima. Ora silêncio, ora voz. Ora um “plim” – que ótima ideia! Ora “ahhhh” – que “m” que eu fiz! Ser tudo, mas longe de perfeita. E somente por agora.

E assim, atenta ao que mais posso ser, sem julgar nem desmerecer, quero aprender que o perfeito é um modelo. Não existe. Não é ninguém. Sem rosto e sem alma. Sem coração e sem nome. Sem sobrenome. Sem a mágica e imperdível chance de viver. E de morrer. Para que a história da humanidade possa continuar a ser escrita. Cada dia mais belamente.

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Falta romantismo no seu relacionamento?

Dicas de como se tornar uma pessoa mais romântica!

Você conhece aquela estorinha sobre o jovem e extraordinário jardineiro que, ao terminar seu trabalho na casa de um de seus clientes, pede para usar rapidamente o telefone? Pois bem, o cliente autoriza e fica por perto. Assim, terminou escutando o que o rapaz tinha de tão importante a dizer para quem estava do outro lado da linha.

E ouve o discurso: “sou um excelente jardineiro, tem um valor mensal justo, limpo todo o quintal ao término do trabalho, recolho o lixo, aplico remédio nas plantas se for preciso, sou pontual e muito honesto. O senhor estaria interessado em conhecer meus serviços? Podemos marcar um horário conforme a sua disponibilidade!”.

Depois de alguns segundos em silêncio, o rapaz se despede dizendo: “ok, senhor. Muito obrigado pela atenção”. Ao desligar, o rapaz agradece o cliente e vai saindo. Mas o cliente, intrigado, questiona: “amigo, você fez uma excelente proposta a este homem e, mesmo assim, ele não aceitou nem conhecer seu trabalho?”.

E o rapaz rapidamente esclarece: “bem, ele me disse que não queria conhecer o meu trabalho porque está extremamente contente com o trabalho do jardineiro dele. E isso me deixa muito feliz, porque o jardineiro que presta serviços a ele por 5 anos sou eu! Liguei apenas para me certificar de que ele está satisfeito com o meu trabalho!”

Sabe por que te contei essa estória? Para lembrar que você até pode se achar uma pessoa romântica, mas isso não significa, necessariamente, que a pessoa que você ama acha o mesmo e está satisfeita. E é por isso que a comunicação é tão importante. Afinal, se você está num relacionamento, comprometido com o desejo de fazer dar certo, nada mais coerente do que alinhar suas atitudes com as expectativas da pessoa amada.

Claro que você não precisa fazer o que não quer só para agradar o outro o tempo todo. Mas claro também que duas pessoas que se amam precisam aprender a ceder, a fazer concessões e a ajustar muitas de suas escolhas e de seu comportamento a fim de viver de modo prazeroso. É este o grande exercício e o grande aprendizado do amor.

Muitas pessoas, especialmente as mulheres, reclamam da falta de romantismo no relacionamento. Na nossa cultura, romantismo tem a ver com gentileza, carinho, demonstrações de afeto, atenção e preocupação com o outro. Tem a ver com presentinhos fora das datas comerciais, surpresas, jantar a luz de velas, flores, café da manhã na cama, entre outras atitudes que nutrem e fortalecem um encontro amoroso.

No entanto, cada um tem seu jeito de sentir e, principalmente, de mostrar o que sente. E embora haja certo consenso sobre como é uma pessoa romântica, ainda há espaço para muitas interpretações e conclusões sobre o assunto. Não deixe que os famosos desencontros de comunicação estraguem seu namoro ou seu casamento.

Fazer perguntas como “você gostaria que eu fosse mais romântico?”, “o que é romantismo para você?”, “o que gostaria que eu fizesse para se sentir uma pessoa mais amada?” demonstra uma maturidade rara e um comprometimento capaz de transformar o seu relacionamento num encontro onde há parceria, companheirismo, confiança, desejo e vontade de investir cada vez mais nesta oportunidade de ser realmente feliz!