Pessoas ansiosas vomitam sentimentos!

Por Rosana Braga

Já comeu comida estragada e sentiu cair feito uma bomba no seu estômago? A dor e o desconforto eram tão grandes que só passou depois que você conseguiu colocar tudo pra fora?

Sim, o vômito pode ser sua única salvação em algumas situações. Por mais agressivo que seja esse movimento, por pior que seja a sensação, pode ser a única forma de não ter seu corpo todo machucado, envenenado e ainda sofrer danos ainda piores.

Mas, verdade seja dita: vomitar é – e tem de ser – um ato circunstancial, esporádico, raro. Porque de tão “na contramão” que é esse processo, ele também agride seu corpo e fere o “caminho natural” da digestão.

O necessário, o saudável e o prazeroso está em digerir. E digerir significa justamente isso: quando o que você escolhe para se alimentar percorre uma sequência que satisfaz. Você sente o sabor do alimento, seu corpo é nutrido e, depois de absorver todos os componentes que te fazem crescer, descarta o que não serve para mais nada.

E quanto às suas emoções? E quanto ao que você sente? Tem feito o que com tudo isso? Se você é uma pessoa ansiosa, muito provavelmente sabe bem o que é dor de estômago e essa sensação de que suas emoções caem como uma bomba dentro de você!

Não é comida estragada, mas… justamente por não saber como lidar com o que sente, por não saber digerir suas emoções, você vomita! Joga pra fora o que está pensando e sentindo de um jeito tão agressivo que tende a ferir não só o outro, mas também a si mesma.

E se você for muito ansiosa, provavelmente faz esse movimento “na contramão” tantas vezes que termina “sujando” tudo ao seu redor. E, pior do que isso, por não se permitir digerir, não sente o verdadeiro sabor do que vivencia, não absorve os nutrientes e vai ficando fraca, desnutrida e, finalmente, adoecida.

Desperdiça seus encontros. Abre mão de tudo de bom que seus relacionamentos poderiam trazer para sua vida. E também não aproveita seus próprios sentimentos como possibilidades de aprendizado e amadurecimento emocional.

Seu coração perde a preciosa oportunidade de assimilar tudo o que você é capaz de sentir: alegria, tristeza, decepção, prazer, raiva, saudade, carinho, medo, dor, entusiasmo. Enfim, tudo o que faz de você um ser humano com um potencial incrível para experimentar o amor e a vida em todas as suas nuances.

Sugiro que, diante de qualquer emoção – exceto se realmente ela estiver envenenada – você respire fundo e permita-se digerir, absorver, assimilar e transformar. Que você se autorize a viver o processo que viabiliza a genuína felicidade. O processo de ser, de estar e de amar.

Você não é você quando se apaixona?

Por Rosana Braga

Imagine a seguinte situação: você está com muita fome. Deixou passar a hora certa de comer e agora sente seu estômago revirar, reivindicando algum alimento. Paralelamente, é provável que você sinta seu humor também começar a mudar. É seu corpo pedindo. Ou melhor, já praticamente implorando.

E você sai em busca de algo para se satisfazer. Qual a escolha mais provável: que você procure calma e conscientemente uma comida de qualidade ou que opte pela primeira coisa comestível e minimamente apetitosa que aparecer em sua frente?

E mais: que você mastigue tranquilamente cada bocada desse alimento e coma em quantidade moderada ou que engula após algumas rápidas e insuficientes mastigadas e termine comendo mais do que realmente seu corpo precisa?

Se essa situação acontece raramente em sua vida, tudo bem. Mas se você é do tipo que mantém uma rotina desorganizada e vive adiando a satisfação de suas necessidades básicas, é muito provável que você viva com fome e escolha, na maioria das vezes, comidas do tipo “fast” e “trash”.

Resultado: especialmente a longo prazo, nutrientes inadequados, falta de vitaminas, talvez gastrite, talvez sobrepeso, mau hálito, irritabilidade, pele suja, colesterol alto, entre outras várias possibilidades de consequências ruins.

Certo, não sou nutricionista e não é da sua fome física que quero realmente falar. É que outro dia, durante um atendimento, minha cliente soltou a seguinte frase:

Rosana, você já viu aquela propaganda do chocolate que diz que você não é você quando está com fome? Então, eu não sou eu quando estou envolvida, quando me apaixono!

E eu simplesmente a-do-rei a comparação! E para explicar a ela o quanto fazia sentido o paralelo da fome emocional com a fome física, falei coisas do tipo que escrevi acima, no início desse artigo.

Claro! Como humanos que somos, sentimos fome emocional também. Temos necessidade de alimentar nosso coração. Temos, inclusive, um profundo e genuíno desejo de sermos aceitos e amados.

E caso isso não aconteça, ficamos carentes, famintos de atenção. Nosso humor começa a mudar e saímos, rapidamente, em busca de algo para nos satisfazer. Mas, quanto mais demoramos a fazer isso, mais nossas escolhas serão parecidas com aquelas que fazemos quando estamos famintos de comida: “fast” e “trash”.

Ou seja, sem pensar, sem consciência, de forma impulsiva e, pior de tudo, optando pelo que nos faz mal em última instância. Engolindo encontros e relacionamentos que satisfazem momentaneamente, mas que, a longo prazo, nos desequilibram e até nos fazem adoecer, desta vez emocionalmente.

Agora, vem a pergunta que não quer calar! Quando somos bebês e sentimos fome, o que fazemos? Choramos! E o que acontece? O “tetê” chega saudável, rápido e quentinho, pelo menos na maioria dos casos, embora infelizmente nem todos os bebês tenham o privilégio dessa necessidade básica satisfeita.

E quando crescemos? Adianta chorar? Talvez sim, algumas vezes. Mas se você chorar toda vez que estiver com fome, seja de comida ou de atenção e carinho, rapidamente será descartada da roda de amigos e vai se tornar uma chata de galocha. Porque, convenhamos, você não é mais bebê e não deveria se comportar como um.

E o que seria crescer e se comportar como adulto? Bem, pode até chorar de vez em quando, mas em geral, ser gente grande é se tornar responsável pela própria alimentação. É você quem tem de saber, agora, a que horas deve se alimentar e com que tipo de comida, com que qualidade e quais são suas preferências saudáveis.

E, sobretudo, precisa ter o mínimo de disciplina e conhecimento para saber o que te faz bem e o que te faz mal. Não pode esperar para sair em busca do que nutre seu corpo e seu coração somente quando já estiver faminta, implorando, aceitando qualquer coisa, lambendo migalhas e se desnutrindo e destruindo aos poucos…

Por fim, se estamos falando de alimento emocional, é bom que você saiba: é você que se alimenta. E o alimento não é o outro. O outro pode ser uma deliciosa companhia. Pode ser uma agradável parte do ritual de se nutrir. Mas não é o alimento. Não pode ser.

Porém, se você insiste em ver no outro uma apetitosa coxa de galinha ou seu pedaço de pizza preferido ou ainda o chocolate no qual você é viciada, vai ter problemas! Não vai ser você! Vai ser uma pessoa desequilibrada, com certa aparência insana, que assusta o outro ao se aproximar feito bicho faminto.

Comece as e alimentar no ritmo certo. De 3 em 3 horas. Com conteúdos saudáveis, nutritivos e que te fazem bem. Descubra do que gosta. O cardápio é extenso: amigos, caminhar, teatro, ler, cursos,dolce far niente, meditação, música, dança, trabalho, organizar as gavetas, cozinhar, brincar, filhos, sobrinhos, viagem, família, oração, observar, olhar para si mesma, fazer tricô, consertar o carro, desenhar, criar, cortar a grama, conversar, visitar um asilo… E a lista iria bem longe!

Mas, pelo amor de Deus, você precisa parar de acreditar que o outro vai matar sua fome. Não vai. Não existem pessoas mastigáveis no cardápio. Não somos canibais. Não comemos carne humana e nem as emoções alheias para satisfazer nossa carência.

E pode apostar que, ao se alimentar, você será você mesma quando se envolver e se apaixonar. Forte, nutrida, vitaminada e gostosa! Você bem apetitosa para encontros e relacionamentos que vai escolher conscientemente, feito gente grande, pronta para dar e receber – e não para sugar o outro de canudinho e ainda passar mal depois…

Seu amor é Infantil, Adolescente ou de Gente Grande?

Por Rosana Braga

Pensei em perguntar se seu amor é permissivo, exigente ou recíproco. Mas resolvi trocar os termos. No final, a ideia é a mesma. Que dinâmica você vive nos seus relacionamentos? Como você age e reage diante das situações vividas a dois?

Essas três dinâmicas revelam bem o que acontece nos relacionamentos de maneira geral. E, acredito absolutamente que ninguém vive um encontro por acaso. Uma pessoa só entra em sua vida se algo nela se enganchar em algo em você.

Caso contrário, ela apenas passa. Não te desperta. Não te interessa. Não ressoa e não entra em sintonia. Não faz história. Não deixa nada e nada leva de você. Segue adiante para se encaixar em outra vida.

E se fica, se engancha, se encaixa, se desperta, se interessa, se ressoa, se faz história, se se deixa na sua história e coloca você na dela, então tudo isso acontece num determinado nível de maturidade.

Depende do quanto cada um conhece a si mesmo. Depende do quanto um e outro acreditam que merece. Depende do quanto cada qual sabe o que quer e o que não quer. Depende, enfim, da clareza e da consciência com que ambos fazem suas escolhas!

Quando seu amor é Infantil
Não existe segurança e nem autoconfiança para se relacionar de modo consciente. Sua dinâmica é permissiva. Você tem dificuldade de se colocar. Acata o que é do outro. Idealiza e fantasia sobre quem o outro é. Aposta que ele sabe mais e melhor sobre o que é bom para você. E se não é bom, aceita mesmo assim, porque não consegue se responsabilizar. Você é permissiva porque não consegue escolher. Escolhida fica porque falta sabedoria para se bancar e assumir as consequências. E magoa a si mesma porque não experimenta a reciprocidade.

Quando seu amor é Adolescente
Você é impulsiva. Reage sem pensar. Rebela-se. Faz drama. Escreve e assina contratos que rasga em seguida. Não está segura sobre o que quer. Nem sobre o que não quer. Vive em conflito. Mente para si mesma para justificar seus atos e suas supostas escolhas. Ainda não são escolhas, embora você pense que sim. Falta consistência nas decisões. Falta preencher as próprias faltas. Você é exigente com o outro porque não conhece seus próprios procedimentos. Escolhida fica porque falta coragem para lidar com as perdas e as frustrações. Tem medo de crescer. E magoa a si mesma porque sabe o que está perdendo.

Quando seu amor é de Gente Grande
Também tem dor. Também tem perdas e frustrações. Mas você faz suas escolhas e, se doer, depois de chorar, sem se demorar, bota o coração em modo de aprendizado e cresce um pouco mais com a situação. Nada se perde. Transforma-se em pontes que conduzem você a um amor mais claro, mais raro, mais coerente. Amor de gente grande não é perfeito. É apenas refeito, dia após dia. Olhando primeiro para si mesma e depois, com a mesma disponibilidade, para o outro. E diante da própria verdade, gente grande faz escolha. E banca cada uma delas, seja perdoando ou, sobretudo, pedindo perdão. Talvez você ainda se magoe. Mas jamais sem ressignificar e construir mais uma nova ponte.

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Um instante de amor, por favor!

Que dia é hoje? Data especial? Comemoração de algo? Se não for, perfeito. Porque é desse tipo de dia que estou falando. Porque são neles que, em geral, julgamos desnecessárias as demonstrações de amor recheadas de intenção e presença.

São nos dias comuns, onde a rotina se impões e nos cobra tarefas, resultados e solução de problemas, que nos esquecemos de oferecer um instante de amor a quem, paradoxalmente, mais amamos.

E embora seja realmente importante comemorar as datas especiais com requintes e rituais específicos, é tão ou mais importante nutrir o amor no ritmo morno dos dias que voam sem motivos aparentes para serem celebrados.

Porque, sem que nos demos conta, essa falta de presença inteira e genuína vai apagando lenta e letalmente o brilho de uma relação que, apesar de talvez não parecer, tem fome de atenção todos os dias.

Não basta dormirem juntos. Muitas vezes, não basta nem que façam amor. A transa tende a se tornar automática, fugaz, distante. Não basta sentarem-se à mesa ao mesmo tempo, porque em tantas casas é o celular quem fica com a presença a maior parte do tempo.

Atenção é olhar nos olhos, sorrir e se interessar de verdade. É parar tudo, desligar os dispositivos, e simplesmente ficar, de mãos dadas talvez, fazendo perguntas um sobre o outro e ouvindo com todo o seu corpo.

Pode parecer muito poético para alguns, muito patético para outros. Mas o fato é que relação é como ser vivo: se a gente não cuida diariamente, murcha. E, daí, não tem férias que salve. Não tem joia que resgate. Não tem arrependimento que dê conta de reconstruir o que foi perdido pela insistente negligência.

Então, hoje é dia de nada? Ótimo, porque é a ocasião perfeita para um agradecimento despretensioso, uma flor, um bilhete, um convite para jantar fora, um passeio de mãos dadas. Talvez uma dança, uma brincadeira de criança ou um instante que faça toda a diferença!

Como curar um coração partido?

Em primeiro lugar, é bom você ter certeza de que quer mesmo curar o seu coração partido! Sim, porque tem gente que, mesmo sem perceber e ainda dizendo que quer, na verdade não quer! Por mais estranho que possa parecer, essas pessoas acreditam que ganham mais mantendo o coração partido do que curado.

Mais ou menos assim: enquanto se mantêm tristes, doloridas e no lugar de sofredoras e vítimas de alguma desilusão amorosa, podem estar ganhando mais atenção ou uma história comovente pra contar. Talvez estejam apenas garantindo que tinham razão ao dizer que amor de verdade não existe.

Enfim, as razões de quem não quer curar seu coração partido podem ser muitas. Mas não nos interessam neste momento, neste texto. Por isso, se você está em dúvida de que quer ou de que é possível ser feliz de novo, pode parar de perder o seu tempo aqui.

Quero falar somente com quem tem certeza de que pode, merece e quer ser feliz. Afinal, curar um coração partido é como sair de um buraco. Ou seja, você precisa acreditar que tem algo lá em cima, fora deste buraco, que vale muito a pena o esforço da subida!

Então, vamos lá! Comece se dando conta de que você não é o primeiro e, muito menos, será o último ser da terra a doer por amor. Faz parte. Acontece com todo mundo que está vivo de fato e disposto a experimentar seus sentimentos. No final das contas, mesmo que não pareça, dor de amor chega a ser um privilégio! E quem nunca amou vai entender perfeitamente do que estou falando!

Agora, pense comigo: não é possível que tamanha dor, tão desagradável e persistente, não sirva para nada! Tem de servir! Qual é o aprendizado? Como dá pra crescer com ela? Sim, sempre dá! Qual foi sua parte nesse processo? Porque tem uma coisa: enquanto você não descobrir qual é a lição, a dor pode até passar, mas… Mais cedo ou mais tarde, ela vai voltar… Até você aprender!

Por fim, use a lei da proporcionalidade possível. Quer comer um bolo inteiro com uma única bocada? Impossível. Mas, se você fatiá-lo? Assim também se cura um coração partido. Um dia de cada vez. Não dá pra acabar com a dor toda agora. Mas é certo que você pode lidar com ela neste instante. Apenas neste instante. Só por hoje!

E então? O que é possível fazer neste momento? Chorar um pouco? Ligar para um amigo? Meditar? Orar? Dançar? Escrever? Pintar? Cozinhar? O que? Descubra novos canais de transformação! Use sua criatividade. Crie espaço para a dor se dissipar e sentimentos bons florescerem dentro de você!

Eu sei! Não é fácil. E sei também que saber que vai passar não diminui a dor que você está sentindo agora. Mas vai passar mesmo assim. Porque mesmo sem você se dar conta, amanhã vai doer um pouquinho menos que hoje.

Até que chegará o dia em que essa dor fará todo sentido. E você terá entendido, de uma vez por todas, pra que ela serviu. E ao olhar para seu próprio coração, verá que ele está ali, não só colado, curado e inteiro, mas muito mais forte e vibrante. Pronto pra recomeçar! Só por hoje…

Você é bacana, sacana ou banana no amor?

Bacana, sacana ou banana: que tipo você é no amor?
Por Rosana Braga

A reclamação é geral! Toda vez que converso informalmente ou dou consultoria de relacionamento a alguém, especialmente com idade entre 25 e 45 anos, seja homem ou mulher, o que ouço é mais ou menos o seguinte: as pessoas estão malucas, não querem nada sério, só pensam em sexo!

Penso que a maior loucura tem sido manter um abismo insano entre o que se mostra e o que se quer. Essa mania de acreditar que é preciso manter uma aparência socialmente interessante a despeito do que se é de verdade. Sabe qual é a doideira disso? É que é uma completa viagem acreditar que você sabe qual é a aparência que vai interessar ao outro! Não sabe!!!

O grande problema é ficar tentando parecer e não ser! Daí, você termina sendo (talvez até sem perceber) um “banana” porque isso parece interessante. Explico: pessoas “bananas” são aquelas consideradas “boazinhas”. Fazem de tudo pra agradar. Dizem sempre “sim”. São super solícitas. Quer saber? No fundo, no fundo, mesmo sem intenção, pessoas assim são as mais manipuladoras que existem.

Elas querem adivinhar o que o outro gosta. E ao tentar corresponder os desejos do outro, seu único intuito é que ele retribua depois essa “bondade gratuita”. Que esse outro faça exatamente o que o bonzinho deseja. Não se conhece. Ou não se assume porque tem medo de não agradar. Prefere focar no desejo do outro como estratégia para ser amado. Não vai ser. Ou será por muito menos tempo do que gostaria. Querendo parecer bacanas, são bananas.

E o sacana? É aquele que só olha pro próprio umbigo. Que faz somente o que quer, quando quer. Em geral, se nomeiam “sinceros demais”. Falam o que pensam sem se importar com o que vão causar. Seu lema é “ema, ema, ema – cada um com seus problemas”. E sabe o que é pior? O “banana”, em geral, fica completamente apaixonado… e frustrado! É por isso que o bonzinho costuma sofrer tanto por amor! E o sacana segue mentindo pra si mesmo sobre estar feliz!

Na verdade, pessoas sacanas se sentem vazias e sozinhas, mas rapidamente vão pra balada, beijam, transam e vivem o momento como bem entendem. Tapam o buraco interno com a peneira e se enganam repetidas vezes, sustentando uma aparência que convence só os bananas. Querendo parecer bacanas, são sacanas.

E a pessoa bacana? É aquele aberta para si mesma e para o outro. Vive o que sente, observando o que acontece dentro de si e ao seu redor. Sabe que a vida e o amor são como uma dança. Precisa de atenção, sintonia, ritmo, cuidado e flexibilidade! Não dá para fazer tudo o que o outro quer, nem só fazer o que ela mesma quer. Tem de ter equilíbrio e sensibilidade. Tem de se conhecer. Tem de saber qual o seu tempo, qual o seu tom.

Bacana mesmo é ser espontâneo. É errar e consertar. É se enganar e aprender. É doer e recomeçar. É arriscar, tentar, amadurecer e apostar no que cada um tem de melhor. Porque a real é que tem muita gente bacana no mundo. Muita mesmo. Mas se você não acredita, simplesmente não vê! Deixa o bacana passar e fica reforçando sua crença ao observar os bananas e os sacanas!

Mude o foco! Abra a mente. Ilumine o coração. Aposte no que você quer e se mantenha no ritmo, porque quando menos esperar, encontrará um par para a coreografia do amor que deseja viver. Afinal, quando você é bacana, bacana mesmo, na teoria e na prática, sem medo de parecer banana ou sacana, você atrai gente bacana! Inevitável assim!

Tem gente que não sabe ser amada!

Cuidado! Tem gente que simplesmente não sabe ser amada!
por Rosana Braga

Sei que é bem estranho pensar em alguém que não sabe ser amado. Mas infelizmente tem muita gente que não aprendeu. Tem gente que até aprendeu, mas de tanto ser amado de um jeito torto, pequeno, esqueceu ou nem sabe como é o amor de gente grande.

Algumas dessas pessoas podem ter vivido situações tão doloridas ou tão confusas que não souberam como lidar com tudo isso e simplesmente se fecharam. E agora, não conseguem se deixar amar. Incomodam-se com o afeto, o tratar bem.

Sim, porque estou falando de amor saudável. Amor que faz crescer a si mesmo e ao outro. Que constrói, que ensina e aprende. Amor cuidado e caro. Que tem desafios e desavenças, mas que são resolvidas de forma digna e respeitosa. Amor em que as diferenças servem para amadurecer o casal e a relação.

Se não for assim, então estamos falando desse pseudo amor que desmonta, despedaça e adoece. Desse tipo de amor que faz a gente se deparar com relações que, na prática, canibalizam. Um vai arrancando pedaços do outro aos poucos. E vão se digladiando e se engolindo sem sequer atentar para o horror que se causam mutuamente. Quando vêem, estão aos tocos, dilacerados e sem saber pra que estão nesta dinâmica nefasta.

Uma ofensa aqui, uma acusação ali. Quase nunca ou nunca mesmo um elogio. Reconhecimento? Pra que? Hoje, uma depreciação com palavras rudes, pesadas. Amanhã, um tapa, um empurrão. Depois, lágrimas secam e sobra só a casca. Vazios que se fizeram. Ocos que se deixaram.

E desaprendem, definitivamente, o amor de verdade. Resta esse amor estranho, adoecido, que se irrita quando encontra quem quer amá-los como gente grande. Que gargalha diante do exercício de amor dos outros. Que desacredita e tenta esfriar qualquer paixão ao seu redor.

Existem ainda os que continuam tentando, apostando, jurando que acreditam no amor. Mas repetem várias e várias vezes a tal dinâmica maluca do amor canibal. Ora machucam, ora são machucados. Ora mordem, ora são mordidos. E persistentes que são, vão definhando de relação em relação. Ou ainda, na mesma relação “até que a morte (programada?) os separem”.

Se você está numa relação assim, acorde enquanto há tempo! Você faz de tudo pelo outro, mas ele continua morno, sem saber como retribuir, dizendo que você é a pessoa perfeita na hora errada? Pois saiba que é isso mesmo! Caia fora dessa hora errada, dessa chance falida, desse encontro que poderá vir a ser, mas não agora!

Se o outro não sabe ser amado como gente grande, terá de aprender antes. E pra isso, precisa querer! Precisa se dar conta de que tem algo errado, de que amor torto não alimenta, não faz crescer. Não funciona! E se ele insiste em não corresponder o amor que você oferece, então lembre-se de oferecer esse amor a si mesmo e pare de se torturar.

Não deixe sua autoestima nas mãos de quem não sabe o que isso significa. Aliás, autoestima é algo que só pode ser cuidada por você mesmo. E tem a ver com noção de merecimento. Tem a ver com aprender a reconhecer quem você é e que tipo de amor está pronto pra viver! Tem a ver com se tornar gente grande. Porque é essa a função do amor!

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Como conquistar o amor da sua vida! 5 dicas para você começar!

5 dicas para conquistar um amor…

Por Rosana Braga

Estudo sobre relacionamentos há pelo menos 15 anos. Fiz faculdade de psicologia, pós em educação sexual, pesquisas e entrevistas. Li muito e escrevi mais de 450 artigos sobre o assunto. Respondi centenas e centenas de mensagens de leitores e fãs e atendi individualmente dezenas de pessoas em busca de dicas e realizações nessa área da vida!

Também publiquei 8 livros e fui chamada por revistas, canais de tevê, jornais e sites para falar desse tema tão complexo, instigante e apaixonante! Mas, curiosamente, foi no intervalo de tudo isso que encontrei a resposta! Tive a impressão de que foi quase sem perceber que dei de cara com o amor da minha vida! Entretanto, refletindo mais tarde sobre como tinha conseguido, cheguei a vááááárias conclusões muito interessantes.

Não foi uma única atitude que tive que me levou a descobrir o maior de todos os segredos para conquistar o amor da minha vida! Foram muitas, que poderiam ser resumidas em: eu entrei em ação e me redesenhei. E me tornei a mulher da vida dele. E o mais curioso é que ele nem sabia da minha existência. E nem eu da dele! Mas foi assim que foi! E é assim que é, na maioria das vezes!

Imagino que se algo até aqui te chamou a atenção, tenha sido o tal segredo que eu descobri, não foi? Entrar em ação e me redesenhar é um tanto vago, eu sei. Se eu fosse você, estaria desejando saber “como”. Como entrar em ação? O que fazer? Como se redesenhar? Como se tornar a mulher dos sonhos do homem da sua vida? Enfim, como se tornar o amor do amor da sua vida?

Muito bem! Ótimas perguntas! Afinal, só encontra as respostas quem se dispõe a buscá-las de modo realmente interessado! Num artigo, não consigo te contar tudo, mas posso te dar ótimas dicas de como começar:

– tenha claro que tipo de “amor” você é! Se você imaginar um parceiro te descrevendo, o que ele vai falar sobre você? Como você é enquanto companheira, namorada ou esposa? Com quais adjetivos ele te descreveria? Quais características ele citaria sobre você?

– o que você deseja muito mudar em si mesma? O que você faz ou deixa de fazer que minam completamente sua autoestima? O que mudaria em você mesma hoje, agora mesmo, se soubesse como?

– o que faz você se amar muito? Quando você pensa no que faz você conquistar alguém, quais são essas características? O que você considera atraente, sedutor e muito interessante em si mesma?

– tenha claro com que tipo de “amor” você quer se relacionar! Se você fosse descrever o homem da sua vida, como ele seria? Quais adjetivos você usaria? Quais características ele teria?

– tenha claro com quem tipo de “amor” você tem se relacionado! Qual tipo de homem tem te conquistado? Para quem você tem dito “sim”, estando satisfeita ou não? Com quem você, de fato, tem se envolvido?

Faça esse rápido exercício e observe como se sente. Ficou surpresa ou já sabia de tudo o que imaginou agora? Ficou satisfeita com quem você tem sido e com quem tem se relacionado? Algo precisa ser ajustado ou já está tudo certo? Essas reflexões podem fazer uma enorme diferença no seu processo de entrar em ação e se redesenhar!

Se você acredita que essas dicas revelaram algo importante na sua busca por um grande amor, deixe seu comentário. E parabéns por investir em sua felicidade e em seu autoconhecimento. Não há amor que valha mais a pena do que aquele que você nutre por si mesmo!

Autorização para ser inteira!

Queremos tudo. E queremos tudo perfeito. Mas isso não basta. Além de tudo perfeito, queremos para ontem. E sabe o que conseguimos? Frustração, ansiedade e sofrimento. Veja bem! Realmente não acho que devemos nos conformar com uma vidinha mais ou menos, com a mediocridade ou com realizações, desejos e sensações sempre mornas. Não é isso!

Mas às vezes ainda me surpreendo com essa mania – desgastante e ineficiente, diga-se de passagem – que a maioria das pessoas tem de acreditar que os extremos são mais interessantes. Ou temos de estar absurdamente felizes e completos e radiantes. Ou nos afundamos numa tristeza profunda, sem conseguir enxergar luz ao final do túnel.

O problema é essa ilusão de que só o sol e o calor são bonitos e gostosos. Como se só os sorrisos e as vitórias fossem bons. Não tem essa de bom ou ruim. O que tem é a vida. E a vida inclui sorrisos e vitórias, mas também dias frios, chuvosos, nublados… tristezas, enganos, dúvidas. A vida inclui, inclusive (perdoem-me a tautologia), a morte. Como toda boa história, tem começo, meio e fim. Morte não é o oposto de vida. É vida também.

Mas como não aceitamos, como brigamos e resistimos e nos revoltamos com o que julgamos não bonito ou não bom, sofremos. Perdemos a chance única de encontrar a poesia e a arte contidas no entremeio. Nem preto, nem branco. Todas as cores. Todos os tons. Todas as intensidades. Todos os sentimentos.

Sabe qual é o cúmulo da maluquice humana? É se sentir culpado por estar triste. É achar que chorar é coisa de gente fraca. É fingir que está tudo bem quando se está desabando por dentro. É usar máscaras e mais máscaras para negar a si mesmo. Para não se permitir.

Também não estou aqui para fazer um tributo à depressão. A questão é essa falta de autorização para ser inteiro. É essa estranha posição que ocupamos de quem PRE-CI-SA ser feliz a qualquer custo, nem que seja de mentira. Nem que seja só para se encaixar. E sem se dar conta de que esse “ser feliz”, assim tão contundente, tão perfeito, tão pra ontem, não existe, não se cabe, não se nutre.

Meu exercício, hoje, é para ser. Ser o frio, o calor, o nublado, o desfolhado, o sol, o vento e a chuva. Claro, escuro e crepúsculo. Dor e alegria. Quero me autorizar à inteireza. Ora resplandecente, ora murcha. Ora gargalhada, ora lágrima. Ora silêncio, ora voz. Ora um “plim” – que ótima ideia! Ora “ahhhh” – que “m” que eu fiz! Ser tudo, mas longe de perfeita. E somente por agora.

E assim, atenta ao que mais posso ser, sem julgar nem desmerecer, quero aprender que o perfeito é um modelo. Não existe. Não é ninguém. Sem rosto e sem alma. Sem coração e sem nome. Sem sobrenome. Sem a mágica e imperdível chance de viver. E de morrer. Para que a história da humanidade possa continuar a ser escrita. Cada dia mais belamente.

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