Vende-se “grande amor”. Peça já o seu!
Alguns procurariam nos supermercados, como item de necessidade básica. Outros procurariam em perfumarias, como item para ocasiões especiais. Há ainda os que buscariam em lojas de roupas, como item para melhorar a aparência. Enquanto outros arriscariam as farmácias, tentando encontrar, enfim, o remédio para suas dores ou a cura para suas doenças.
Parece piada, mas infelizmente é verdade que muitas pessoas ainda acreditam que é possível encontrar um “grande amor” prontinho para ser consumido. E se iludem com essa possibilidade, desperdiçando a chance incrível de encontrar suas próprias ferramentas.
Não se empenham em inverter o olhar. Insistem em continuar olhando para fora. Onde não há respostas. Pelo menos não as certas. Não as delas. E para completar o quadro de fracasso e frustração, insistem também em se lamentar da falta de sorte ou de um mundo que não se alinha aos seus valores – mais nobres, elas querem dizer.
Que pena! Perdem a incrível chance de arrancar, de uma vez por todas, essa máscara de vítima ou de quem não se importa. Desperdiçam a fantástica oportunidade de abrir suas portas e janelas, abrir sua mente e seu coração, e simplesmente deixar a luz entrar. Acender-se. Enfim, enxergar-se!
E feito repetições de regras, comportamentos e desejos que não são seus, elas continuam procurando amores prontos. Chegam a apostar que vão encontrar algum sob medida. Feito especialmente para elas. Como se ao menos soubessem quais são as suas próprias medidas.
Não sabem! Não se sabem sob os ângulos mais importantes. Porque se ver dá trabalho. Pede ajustes. Requer um olhar acolhedor e justo. É preciso ter amor. Por si, pelo outro e pela vida. Sim, dá mesmo trabalho. Não é fácil. Mas é simples, como sempre digo. Quanto mais simplificamos, mais fácil se torna.
O problema é que a maioria prefere o complicado. O difícil mesmo. Alguns até se encantam pelo impossível. Sabe qual o nome para esta dinâmica? Sabotagem! E contra si mesmo! Ama quem está longe! Ama quem está comprometido! Ama quem não quer saber de amor! Ama a história que não vai rolar! E assim o ciclo se repete!
Mas o pior é que tais pessoas continuam procurando fora, como se existissem mesmo prateleiras expondo amores à venda. E o que eu mais queria era ser capaz de fazê-las entender que o caminho é o de dentro. E que um grande amor não é resultado de uma busca insana e desconecta. É consequência de um encontro leve e absolutamente essencial, mas que acontece primeiro consigo mesmo e com sua noção de merecimento!
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