Ele diz que te adora, mas não te namora... - Rosana Braga
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Ele diz que te adora, mas não te namora…

Ele diz que te adora, mas não te namora…

Já perdi a conta de quantas mensagens recebi e continuo recebendo, especialmente de mulheres, repetindo a mesma queixa. Cada uma a seu modo, com suas interpretações particulares e conclusões singulares, mas com uma só dificuldade: traduzir o que o outro quer dizer…

Isto é, saem com uma digníssima pessoa, envolvem-se com ela e constroem expectativas e mais expectativas. Até aí, julgo absolutamente compreensível. E digo mais: até muito lógico, exceto os casos em que é notória a insistência em depositar suas carências na possibilidade de se acomodar num relacionamento que não acontece nunca… felizmente!

Pois bem… ao que tudo indica, pelo “andar da carruagem”, o outro também está a fim. Diz lindas palavras, trata o sexo oposto com beijos e seduções e transforma os encontros – geralmente poucos – em difíceis de esquecer… Seus galanteios são realmente enredantes. Porém, de repente, não mais que de repente, ele assume: “eu adoro você, mas não quero namorar”. Ela titubeia, sente um frio na barriga, mas não consegue acreditar. “Afinal” – ela pensa – “ele é tão carinhoso, tão intenso, tão envolvente… Não é possível que não goste de mim a ponto de desejar ficar comigo… não faz sentido”.

E mais alguns meses se passam. Novos encontros, novos elogios, novas técnicas de sedução… Tudo tão intenso quanto fugaz, tão previsível quanto estranhamente surpreendente, tão vazio quanto uma fantasia de criança, mas paradoxalmente preenchedor… E está armada a neurose: o que fazer? No que acreditar? Como agir?
Continuar? Parar?

Ok! Vamos aos fatos e às reflexões… O que você realmente deseja? Ser assumida ou ser gostada exatamente do jeito que o outro está dizendo que gosta? Entender o que o outro está dizendo ou viver o que está acontecendo?

Sei, não é fácil responder essas perguntas, especialmente porque, no final das contas, tudo está ligado e faz parte de uma mesma circunstância. Mas é importante desfazer os nós quando se quer descobrir qual é o tamanho da linha…

Creio, portanto, que o mais importante seja traduzir a tal declaração que parece tão incompreensível para algumas pessoas. O que o outro quer dizer quando repete “adoro você, mas não quero te namorar“??? Exatamente isso! Nada mais, nada menos. Ou seja, “você é uma pessoa interessante, que me atrai, de quem gosto de estar perto e ponto. Nada mais do que isso. Uma espécie de amizade colorida, como diziam antigamente.

Sei, sei… você vai argumentar: “mas eu já disse para ele não me ligar mais, não me procurar porque assim eu não quero, mas ele liga e eu não resisto; saio de novo”… E eu lanço um desafio: se ele diz que te adora e que quer sair com você, é justamente isso o que está fazendo – tentando satisfazer o desejo dele. Mas se você diz que assim não quer e, no entanto, sai toda vez que ele liga… quem é que está sendo incoerente, você ou ele?

O meu intuito com este artigo é tentar simplificar o que mais parece um emaranhado de expectativas frustradas do que uma possibilidade de se sentir bem. Ou você aceita o que o outro tem a oferecer, ou pega o seu banquinho e sai de mansinho. Pare de tentar, o tempo todo, fazer com que o outro aja conforme os seus desejos. Comece você a agir conforme os seus desejos e assuma-os, de uma vez por todas.

Se quer, assuma que quer. Se não quer, assuma que não quer. E pague o preço… porque todas as nossas escolhas têm um preço, sempre. Agora, ficar culpando o outro pela sua frustração não vai resolver nada e você vai perder seu precioso tempo sem usufruir o que quer ou sem abrir espaço para alguém que tenha desejos semelhantes aos seus…

Enfim… falando curto e grosso, seríamos bem mais felizes se começássemos a assumir aquilo que realmente desejamos e, especialmente, o que deseja nosso coração…

14 Comments
  • Rosane Clementino de Oliveira

    2 de abril de 2014 at 13:13 Responder

    Rosana, adorei ter conhecido seu trabalho! É uma fonte muita inspiradora e motivadora para mim. Sinto-me muito pé no chão, hoje, quando se trata de relacionamento, mas ainda assim, às vezes o sentimento fala mais alto; mas quando leio seu artigo, logo volto pra linha e aprendo muito! A forma como você escreve, acho fantástico!! Palavras fáceis, objetivo e tudo muito claro! Fico bem feliz sempre que leio um artigo seu! Obrigada!
    Rosane

  • Liziane

    3 de abril de 2014 at 21:17 Responder

    É tudo de ótimo cada texto da Rosana, quero deixar expressado minha gratidão
    Por tão grande lindeza.. de palavras
    D

  • Elem Bastos Bozzetti

    8 de abril de 2014 at 16:20 Responder

    Gostei das suas palavras!mas não é tão facíl assim.

  • Teresa Cristina Chatas

    14 de abril de 2014 at 03:10 Responder

    Não temos amanhã e o ontem não nos interessa mais.Só temos o Agora, que é feito de momentos . O momento perdido, não volta mais e vc perdeu , muitas vezes, de viver intensamente, porque seria apenas um minuto, que pode representar uma existencia toda. Estou neste momento. ! E optei por ser feliz AGORA ! Eu quero amar AGORA, ser feliz AGORA, me permitir quebrar paradigmas AGORA .Eu optei pelo “não deixe pra amanhã o que se pode fazer hoje “, pelo “que seja infinito enqto dure”, mesmo que dure um segundo ! Porque este segundo pode ter a força de uma Vida !

  • VERALU

    14 de maio de 2014 at 21:42 Responder

    Olá Rosana,

    Adorei o artigo.porque já passei por essa situação com um ex que me fez essa proposta. Só que como voce disse, temos que assumir os nossos desejos e não o do outro. Por isso, conclui que esse não era o meu desejo e caí fora….. exatamente como voce disse que temos que fazer. Tenho aprendido muito com seus textos.

    Obrigada/

  • Ciça

    19 de maio de 2014 at 18:43 Responder

    Minha história,rsrs… Todas as minhas dúvidas estão nesse texto!

  • terezinha da silva granja

    12 de julho de 2014 at 16:11 Responder

    Minha história é esse texto…então “peguei o meu banquinho e estou saindo de mansinho”, sem mágoa, sem inimizade e com muito equilíbrio. Esse meu comportamento vai por fim a essa agonia, de vez, pra sempre. Assim espero.

  • terezinha da silva granja

    12 de julho de 2014 at 17:14 Responder

    Minha história é esse texto…então “peguei o meu banquinho e estou saindo de mansinho”, devagar, sem mágoa, sem inimizade e com muito equilíbrio. Esse meu comportamento vai por fim a essa agonia, de vez, pra sempre. Assim espero.

  • MARIA OLIVEIRA

    16 de julho de 2014 at 22:07 Responder

    Olha é isto mesmo que estou vivendo, e sempre vivi nos meus relacionamentos, que bom que encontrei você.
    Vou pegar meu banquinho e sair de mansinho. Valeu tava precisando destas palavras. Vou ler tudo e ver seus vídeos,
    sei que agora vou aprender. Sempre é tempo né.
    Este foi o primeiro tema que li seu, e amei. Grata mesmo a você Rosana.

  • aparecida alves

    19 de setembro de 2014 at 14:04 Responder

    gostei muito dessas dicas dizer nao p outra pessoa tem sempre que ter um jeitinho para nao magoar,,,, mas temos mesmo que se por no lugar e se dar o valor…

  • Rosana Alves Costa

    12 de dezembro de 2014 at 20:00 Responder

    Muito bom! Maravilhosa como sempre!

  • katilani felizardo de souza silva

    5 de abril de 2015 at 19:53 Responder

    quero fica com o pai da minha filha como que eu faço

  • Sandra

    11 de junho de 2015 at 18:34 Responder

    Perfeito. É tudo o que eu precisava ler. É bem isso mesmo, tenho que decidir o que quero fazer. Ou pego meu banquinho e vou cuidar da vida ou trato de encará-lo como um PA. Fácil não é, mas, pensando bem, já foi mais difícil.
    Beijos!

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