Como parar de sofrer por amor?

 Por Rosana Braga

Você tem a sensação de que essa tristeza é a maior e a mais profunda que já sentiu em toda a sua vida? De que ela nunca vai passar ou diminuir? Não tem ideia de como vai conseguir viver sem essa pessoa, esse relacionamento? De como vai superar essa dor e voltar a acreditar que pode ser feliz no amor?

Sente como se seu mundo estivesse desmoronando? Como se nada mais fizesse sentido e tudo ao seu redor tivesse perdido a cor e a graça? Adoraria que existisse um remedinho, qualquer coisa que arrancasse todos esses sentimentos e pensamentos que não param de atormentar e machucar você mais e mais?

Pois muito bem! Escute bem o que vou dizer! Ou melhor, leia cuidadosamente o que vou escrever! Você, eu e mais alguns bilhões de pessoas em todo o mundo já passamos por situações muito, muito parecidas com a sua!

Sendo mais específica, 86% das pessoas em todo o mundo já sofreram por amor de forma tão intensa que tiveram exatamente essa sensação: a de que nunca mais iriam se recuperar e, pior, de que essa dor demoraria mais tempo para passar do que elas poderiam suportar!

Ok, eu sei que saber disso não adianta muita coisa. Que a sua dor continua a doer. Mas se você considerar verdadeiramente que ela vai passar (por mais difícil que seja acreditar nisso neste momento), ela vai passar bem mais rapidamente.

E, mais do que isso: vai se tornar muito mais fácil lidar com ela de uma forma menos pessimista. Porque quando a gente fica pessimista, enxerga o que está ruim como definitivo, generalizado e insuportável.

Mas quando você abre espaço ao seu otimismo, essa fase começa a servir para tornar você mais madura, mais experiente e com muito mais clareza do que quer e do que não quer. 

A dor ensina. Precisa ensinar. Observe: talvez a sua dor seja decorrente de sentimentos como abandono, traição ou sentimento não correspondido. Ou talvez seja decorrente de arrependimento, de não ser perdoada ou de não saber mostrar o que sente.

Mas seja qual for a fonte, sua dor está tentando te mostrar algo extremamente valioso. O que é? A resposta é óbvia! É fato que todos nós sofremos, porque sofrer faz parte da vida e tem sua função. 

Porém… se você sofre sem aprender e por mais tempo do que deveria, se você sofre se perdendo e se machucando ainda mais, em vez de procurar meios de se curar e crescer, a razão é uma só: falta de amor próprio. Autoestima debilitada!

E enquanto você não se valorizar e não se reconhecer, vai continuar aí chorando, se lamentando, reclamando, alimentando mágoa, raiva ou qualquer tipo de pensamento repetitivo e negativo. E só vai conseguir um resultado: mais dor!

Excesso de celular pode causar danos permanentes ao amor!

 

 Por Rosana Braga

Conhece alguém com mais de 18 anos que não tenha celular? E se fosse só a partir desta idade, talvez o estrago não seria tão grande, tanto no presente quanto, principalmente, no futuro. Porque, em geral, maiores de 12 anos já têm o seu aparelho.

Claro, eu também tenho o meu. E não estou levantando nenhuma bandeira contra essa pequena e revolucionária fonte de informação, tecnologia e inimagináveis possibilidades. Mas, porém, contudo, meu tema é relacionamentos. Por isso, preciso dizer!

Não se trata de uma ameaça ou de uma praga. Não se trata de opinião ou gosto pessoal . É fato! O uso excessivo do celular pode realmente causar danos terríveis aos relacionamentos. E não só aos amorosos/sexuais, mas também entre pais e filhos, entre amigos e até no ambiente de trabalho.

Enquanto seus olhos ficam focados durante horas na tela do encantador aparelho, você – seu coração, sua mente e sua alma – vai se afastando sorrateiramente daqueles que fazem parte real e substancial da sua vida neste momento!

Enquanto sua atenção e seus ouvidos são estranhamente abduzidos pelas ondas eletromagnéticas dos tão sedutores aplicativos e vídeos, sua essência vai se perdendo e você vai se esvaziando do conteúdo que realmente sustenta sua saúde emocional, psicológica e, em alguns casos, até física.

Preste atenção, por gentileza. Por onde você tem andado na maior parte do tempo? Pelas ruas de fato? Em sua casa? No quarto com a pessoa que você ama? Num bar conversando e rindo com seu amigos? Na igreja com a sua comunidade religiosa? Ou na tela do seu celular? Seja sincero!

Outro dia, num momento de profunda frustração, eu gritei algo bem feio! Não deveria escrever isso aqui, mas acho que vale a intensidade da minha grosseria para falar sobre o excesso de celular em nossas vidas!

Eu disse algo como: “no dia em que inventarem um aparelho com b**eta ou com p**to, ninguém mais vai procurar ninguém. Porque, afinal, hoje em dia só se tira os olhos da tela (e mesmo assim não em todos os casos) quando o objetivo passa a ser sexo real. Se for sexo virtual, olhos e ouvidos ficam mais ligados ainda no mundo brilhante, mas completamente limitado diante de todas as possibilidades no aqui e agora.

Bem, acredite se quiser, mas esse abandono das relações e do momento presente tem sido a reclamação mais recorrente entre os casais. Homens e mulheres têm se sentido cada vez mais sozinhos, ainda que acompanhados. Olhares sempre para baixo, seja nas mesas dos restaurantes, na sala de casa, no quarto dos filhos e até na cama.

As explicações logo aparecem, algumas até fazem sentido, mas nada justifica, no final das contas, o excesso, a perda de noção, o desequilíbrio, a ilusão de que ali existe um mundo que vale mais do que a conexão profunda, inteira e consciente com quem a gente ama!

Então, verdade seja dita: aparelho de celular é ótimo. De verdade! Adianta a vida, facilita o trabalho, economiza tempo e resolve mesmo uma série de problemas. Mas… quando usado em excesso, pode fazer com que você vá se tornando num verdadeiro zumbi* sem nem se dar conta.

Cada vez menos toques. Cada vez menos olhares. Cada vez menos sorrisos decorrentes de declarações feitas frente a frente. Cada vez menos o calor da presença, o som, o cheiro. Cada vez menos aquilo que de tão visceral e completamente vital, nem precisa ser dito. Porque emana da sua alma e se expande com tal força e humanidade que ocupa todo o universo onde dois corações batem ao mesmo tempo e no mesmo lugar.

*Pessoa que vive a perambular e age de modo estranho. Sem vontade própria. Sem personalidade.

Você é recalcada?

O termo está na moda. Mas ninguém quer esse rótulo. Pessoas recalcadas são embotadas, reprimidas, fechadas em si mesmas. Sem saber como estar no mundo, sem saber como mostrar o que sentem e o que querem, perdem a chance de participar de fato da vida.

Estão aqui, mas quase como se não estivessem. Vivem desvivendo, desamando, desmerecendo, desmoronando, desligando. Veja que não se trata exatamente de não fazer, de não sentir, de não querer, de não amar ou de não viver. Trata-se de não se permitir. De não se autorizar. De não se acreditar merecedora.

E mais dolorido do que amar e não ser amada, do que tentar e não conseguir, do que arriscar e errar é viver assim, sem se deixar, sem ocupar de fato seu lugar. Bem mais triste e frustrante do que ter de lidar com enganos e bobagens, é ter de lidar com o nada, com o vazio, com a sensação profunda e real de ser uma pessoa recalcada!

Se você se sente assim, imagino o quanto o medo te paralisa. O quanto parece impossível mudar essa situação e simplesmente mergulhar de cabeça no seu direito de ser e estar!

E imagino ainda mais o quanto esses sentimentos abrem espaço para outros ainda piores. Comparação, insegurança, ansiedade, timidez e até inveja. E talvez uma sensação amarga de ser menos que os outros invada seu corpo e sua mente fazendo você parecer arrogante e prepotente.

Mas quer saber? Essa não é quem você é de verdade. Essa é você cheia de crenças limitantes, de máscaras e de vendas nos próprios olhos. Essa é você tristemente recalcada. E estou certa de que se você está assim, só está porque não sabe o que e nem como fazer para estar diferente.

Então, apenas pare de pensar lá na frente. No que vai ser. Apenas esteja aqui e agora. Neste momento. Um pequeno passo. Talvez aparentemente insignificante, mas onde você possa colocar toda a sua essência, toda a sua verdade. Simples assim!

Sem se comparar com ninguém. Reconhecendo sua singularidade. Sabendo-se tão essencial quanto qualquer outra pessoa neste mundo. Você é filha do Universo tanto quanto cada outro ser vivo. E é fundamental! E tem o seu lugar. Único, diferente, seu!

Deixe aflorar o seu propósito e a sua missão. Porque se você está aqui, nesta dimensão, é porque é exatamente aqui e agora que você é altamente necessária. Apenas seja. Apenas fique. Sorria e dê um passo adiante numa atitude repleta de amor!

A diferença entre ser espontânea e ser impulsiva!

Por Rosana Braga

Ser espontânea é ótimo. Inclusive, acredito mesmo que a espontaneidade é um dos maiores e mais potentes afrodisíacos que uma pessoa pode usar para viver relacionamentos leves, divertidos e que valham a pena.

Mas qual o limite entre ser espontânea e ser impulsiva? A dúvida faz sentido já que ambos os comportamentos se referem a alguém que fala o que pensa, que mostra o que sente e que vive o que deseja.

Pois bem, a diferença entre uma pessoa espontânea e uma impulsiva é o quanto cada uma se conhece. O quanto cada uma está em sintonia consigo mesma. O quanto cada uma se reconhece, se respeita e se acolhe. Enfim, a quantas anda a autoestima de cada uma.

Explico! Ser impulsiva, assim como ser espontânea, é se expor. Porém, a pessoa impulsiva é insegura. Não se sabe. Não se dá tempo de se olhar e se reconhecer nos acontecimentos. Está o tempo todo voltada para fora, para o outro. Acreditando que o outro faz e ela apenas reage. Dá ao outro e ao mundo o poder de direcionar seu próprio destino.

Ser impulsiva é oscilar, de forma dolorida e frustrante, entre a submissão e a agressividade. Entre exigir (e não pedir) e obedecer (e não escolher). É pensar, sentir e agir com o único intuito de atrair atenção para si. É tentar, o tempo todo, corresponder à sua fantasia sobre o que o outro deseja. É ignorar-se. E se perder e se arrepender repetidas vezes.

Já a espontaneidade é ser fluida. Se colocar e se mostrar também. Mas é, antes disso, aprender a reconhecer e respeitar os próprios limites. É saber até onde quer se expor e por que e quando fazer isso.

Não é se controlar. Não é se conter, se reprimir. É se saber. É escolher. É ser coerente. Alinhando pensamento, sentimento e ação. E se sentir tão autorizada e tão segura de si, que seu comportamento se baseia não só no seu potencial, mas também em suas limitações.

Isso significa que uma pessoa espontânea não é uma pessoa que age sem pensar. Pelo contrário. Ela pensa, analisa, observa. Ela se questiona, se percebe, se lê. Separa fantasia de realidade. Reconhece seus padrões repetitivos.

Enxerga as armadilhas que pode estar armando para si mesma. Está atenta às suas crenças limitantes. E usa todo esse conhecimento para estar no mundo. Para ser íntegra e inteira nos seus relacionamentos.

E a melhor notícia é que espontaneidade pode ser aprendida. Pode ser desenvolvida. No início, é como qualquer outro aprendizado. Você pensa mais antes de agir. Até fica insegura e sem saber se vai dar certo.

Mas depois, com treino e consistência, você percebe que já não precisa pensar em cada detalhe antes de falar, de se mostrar. E, mais do que isso, você descobre que não vai dar certo sempre. Que você vai errar. E que tudo bem. É assim mesmo.

Não se trata de perfeição. Trata-se apenas de ser você, com toda a sua ímpar, perfeita e bela imperfeição. E assim, de ser mais e mais espontânea a cada permissão que você se dá de simplesmente viver e amar. Com tudo o que você é!