O outro tem o direito de não gostar de você!

Frequentemente vejo pessoas se autodestruindo ou tentando destruir o outro porque não se conformam com o fato de não serem correspondidas. Afirmam insistentemente que amam e, em nome deste sentimento, julgam-se dona de toda e qualquer razão, como se qualquer atitude pudesse ser justificada por este sentimento.

Claro que desejamos ser correspondidos quando gostamos de uma pessoa. Óbvio que queremos nos relacionar com ela e creio que seja muito saudável fazermos o melhor que conseguirmos para tentar conquistá-la; mas precisamos considerar que nenhuma investida é garantida.

Faça o que fizer, haja o que houver e ainda assim o outro terá o direito de não querer, não gostar, não conseguir corresponder e oferecer os mesmos sentimentos. Acontece que algumas pessoas simplesmente não compreendem isso. São imaturas; comportam-se feito crianças que esperneiam e fazem birra a fim de conseguir o que querem.

Algumas optam pela autodesvalorização. Diante da recusa do outro, entregam-se às lamentações e não se cansam de repetir que são feias, desinteressantes e não têm sorte na vida. Pisoteiam sua própria auto-estima até realmente ficarem muito menos atraentes do que poderiam ser.

Existem as que mergulham tão profundamente nessas crenças que desenvolvem sentimentos próprios de depressão, instabilidade de humor, desânimo diante de tudo e de todos e, em alguns casos extremos, chegam até a desistir de viver.

Outras preferem atacar quem as rejeitou. Ainda que esta opção também signifique autodestruição, tais pessoas se empenham em bagunçar a vida do outro. Fazem escândalo na família dele, em frente a casa, tentam difamá-lo entre os amigos e, seja através de diretas ou de indiretas, não medem esforço para causar-lhe transtornos de todas as ordens.

Se você se derruba ou tenta derrubar o outro quando não consegue despertar nele o mesmo sentimento que o dedica, está na hora de crescer e amadurecer; de entender de uma vez por todas que as pessoas têm o direito de não gostar de você, assim como você também tem o direito de não gostar de alguém que se declara e revela o desejo de estar ao seu lado!

Sei que é triste, que a gente fica mal, chora e se angustia com uma recusa. Até aí, muito compreensível: todos nós desejamos ser amados por quem amamos. Mas depois de algum tempo (sejam dias ou alguns meses), isso tem de passar.

Aceitar o não é ser justo e democrático; é ser adulto o bastante para acatar os sentimentos do outro sem acreditar que ele tem o poder de lhe destruir caso não queira ficar com você. Não tem! E se você se vê destruído, saiba que a responsabilidade é sua e não do outro. Quem se destruiu foi você!

E enquanto digere a tristeza de não ser correspondido, comporte-se com dignidade. Não alimente pensamentos insensatos e unilaterais. Tente perceber como você pode se tornar melhor depois deste episódio. Sempre temos algo a aprender e as dores do amor servem perfeitamente para isso.

Por fim, não se esqueça: a gente só pode seduzir de verdade o coração de alguém quando usa, para tanto, atitudes de amor. Infantilidade, exageros, ofensas e acusações podem até fazer parte da reestruturação de uma relação, mas não podem persistir até que a única coisa que você mereça seja piedade. Porque, certamente, você merece bem mais do que isso!

Falta romantismo no seu relacionamento?

Dicas de como se tornar uma pessoa mais romântica!

Você conhece aquela estorinha sobre o jovem e extraordinário jardineiro que, ao terminar seu trabalho na casa de um de seus clientes, pede para usar rapidamente o telefone? Pois bem, o cliente autoriza e fica por perto. Assim, terminou escutando o que o rapaz tinha de tão importante a dizer para quem estava do outro lado da linha.

E ouve o discurso: “sou um excelente jardineiro, tem um valor mensal justo, limpo todo o quintal ao término do trabalho, recolho o lixo, aplico remédio nas plantas se for preciso, sou pontual e muito honesto. O senhor estaria interessado em conhecer meus serviços? Podemos marcar um horário conforme a sua disponibilidade!”.

Depois de alguns segundos em silêncio, o rapaz se despede dizendo: “ok, senhor. Muito obrigado pela atenção”. Ao desligar, o rapaz agradece o cliente e vai saindo. Mas o cliente, intrigado, questiona: “amigo, você fez uma excelente proposta a este homem e, mesmo assim, ele não aceitou nem conhecer seu trabalho?”.

E o rapaz rapidamente esclarece: “bem, ele me disse que não queria conhecer o meu trabalho porque está extremamente contente com o trabalho do jardineiro dele. E isso me deixa muito feliz, porque o jardineiro que presta serviços a ele por 5 anos sou eu! Liguei apenas para me certificar de que ele está satisfeito com o meu trabalho!”

Sabe por que te contei essa estória? Para lembrar que você até pode se achar uma pessoa romântica, mas isso não significa, necessariamente, que a pessoa que você ama acha o mesmo e está satisfeita. E é por isso que a comunicação é tão importante. Afinal, se você está num relacionamento, comprometido com o desejo de fazer dar certo, nada mais coerente do que alinhar suas atitudes com as expectativas da pessoa amada.

Claro que você não precisa fazer o que não quer só para agradar o outro o tempo todo. Mas claro também que duas pessoas que se amam precisam aprender a ceder, a fazer concessões e a ajustar muitas de suas escolhas e de seu comportamento a fim de viver de modo prazeroso. É este o grande exercício e o grande aprendizado do amor.

Muitas pessoas, especialmente as mulheres, reclamam da falta de romantismo no relacionamento. Na nossa cultura, romantismo tem a ver com gentileza, carinho, demonstrações de afeto, atenção e preocupação com o outro. Tem a ver com presentinhos fora das datas comerciais, surpresas, jantar a luz de velas, flores, café da manhã na cama, entre outras atitudes que nutrem e fortalecem um encontro amoroso.

No entanto, cada um tem seu jeito de sentir e, principalmente, de mostrar o que sente. E embora haja certo consenso sobre como é uma pessoa romântica, ainda há espaço para muitas interpretações e conclusões sobre o assunto. Não deixe que os famosos desencontros de comunicação estraguem seu namoro ou seu casamento.

Fazer perguntas como “você gostaria que eu fosse mais romântico?”, “o que é romantismo para você?”, “o que gostaria que eu fizesse para se sentir uma pessoa mais amada?” demonstra uma maturidade rara e um comprometimento capaz de transformar o seu relacionamento num encontro onde há parceria, companheirismo, confiança, desejo e vontade de investir cada vez mais nesta oportunidade de ser realmente feliz!